Mundo
Quase 100 detidos e 67 policiais feridos em protestos na França
Projeto de lei governamental de ‘segurança global’, que quer restringir a obtenção de imagens policiais, mobiliza a oposição de esquerda


Um total de 95 pessoas foram detidas durante as manifestações de sábado na França pelos direitos e liberdades sociais, nas quais foram registrados incidentes violentos que deixaram 67 feridos entre as forças de segurança, informou neste domingo o ministro do Interior.
Em Paris, onde ocorreu a maioria dos atos violentos, 48 policiais e gendarmes ficaram feridos, disse o ministro Gerard Darmanin no Twitter. Um bombeiro também se feriu ao ser atingido por objetos.
Os protestos de sábado atraíram 52.350 pessoas em cerca de 90 manifestações em todo o país, de acordo com o ministério do Interior.
Em Paris, a marcha de cerca de 5 mil pessoas começou na parte da tarde no norte da capital, sob um grande dispositivo de segurança, uma semana após um protesto que também terminou em confrontos violentos.
Os manifestantes atiraram objetos contra as forças de segurança, que responderam disparando gás lacrimogêneo.
A França atravessa um clima político tenso em meio à pandemia do coronavírus. Um projeto de lei governamental de “segurança global”, que quer restringir a obtenção de imagens policiais, mobiliza a oposição de esquerda há semanas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.