Política
Mourão: Governo já reconheceu ‘tacitamente’ vitória de Biden sobre Trump
Vice tentou minimizar silêncio de Bolsonaro sobre triunfo do democrata
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira 4 que o governo brasileiro já reconheceu “tacitamente” a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial dos Estados Unidos. Ele disse acreditar que representantes brasileiros da embaixada no País já devem estar em contato com a equipe do novo governo.
“Isso aí (reconhecimento da vitória de Biden) é uma questão que, vamos dizer, tacitamente isso já ocorreu. Acredito que no momento que o presidente (Jair Bolsonaro) julgar necessário, ele vai estabelecer as ligações, que acredito que por via da nossa embaixada em Washington já estão sendo feitas com representantes do novo governo americano”, afirmou em entrevista ao jornalista e advogado Paulo Roque.
Mourão tentou minimizar o silêncio do presidente Jair Bolsonaro sobre o resultado das eleições americanas e reforçou sua visão de que “no momento certo” ele irá reconhecer a eleição de Biden. “No momento certo ele irá cumprimentar o presidente Biden, assim que for efetivada essa eleição dele, que na minha visão se dará no próximo dia 14 de dezembro, quando o colégio americano se reunir e carimbar a vitória de Biden”, disse.
Questionado se teria postura diferente de Bolsonaro e já teria reconhecido a vitória do democrata, Mourão evitou comentar. “É uma pergunta que deixo para posteridade.”
No dia 9 de novembro, Bolsonaro e Mourão divergiram sobre as eleições nos EUA. Enquanto Mourão disse que eventualmente o presidente reconheceria a vitória de Biden nos EUA, o chefe do Executivo negou que tivesse conversado com Mourão sobre o assunto, expondo o distanciamento com o vice-presidente.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



