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Em depoimento, Adélio diz não se arrepender de facada em Bolsonaro

À Polícia Federal, o ex-garçom disse que tinha motivações políticas e religiosas

Foto: Reprodução/Facebook Foto: Reprodução/Facebook
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O autor do atentado à faca contra o presidente Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, afirmou em depoimento à Polícia Federal que não se arrepende do ataque.

A declaração foi revelada nesta sexta-feira 27, em vídeo divulgado pela revista Veja. A tentativa de assassinato ocorreu em Juiz de Fora durante a campanha presidencial de 2018.

No testemunho, Adélio apresentou razões políticas e religiosas o ataque ao presidente. E atribuiu a ação a um ‘chamado de Deus’.

“Doutor, dizer que eu me arrependo do fato eu não me arrependo”, declarou.

Segundo ele, o presidente é um ‘impostor’.

“Ele [Bolsonaro] se tentou passar como um homem, digamos assim, na linguagem popular, um homem de Deus. Aí veio uma revista com um deles que fala que o Bolsonaro é católico, embora foi batizado no Rio Jordão pelo Everaldo, pastor Everaldo. Muitos evangélicos acreditavam que ele fosse evangélico. Ele tentou plantar essa imagem que fosse evangélica, mas não era. Ele é um impostor. Meramente um impostor. Para tentar se apropriar do voto do meio protestante”.

Adélio classificou o atentado contra Bolsonaro foi uma ‘supresa’ — seu desejo, na verdade, era atacar o ex-presidente Michel Temer (MDB). “Quando ele [Deus] disse [para matar Bolsonaro], eu fiquei até surpreso. Na política, o que eu tinha interesse mesmo era o Michel Temer. Esse eu tinha interesse”, revelou.

Adélio foi diagnosticado como portador de transtorno delirante e, por isso, considerado inimputável pela Justiça. Está internado desde setembro de 2018 na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.

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