CartaExpressa
Movimentos negros de São Paulo lançam manifesto em apoio a Boulos e Erundina
Texto ainda critica ‘aliança macabra entre Covas e [João] Doria’
Entidades do movimento negro publicaram um manifesto em defesa da candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina (PSOL) à Prefeitura de São Paulo contra o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB). O texto é intitulado “SP antirracista com Boulos 50”.
“Neste segundo turno das eleições municipais em São Paulo, temos em Boulos e Erundina a possibilidade de virar o jogo e eleger uma gestão municipal comprometida com a vida do povo negro, que estabeleça como prioridade o enfrentamento ao racismo em suas mais diferentes expressões e intersecções. Para tanto, Boulos e Erundina devem caminhar lado a lado com os movimentos negros e periféricos, e reconhecer o movimento negro de São Paulo como força política consistente que é”, dizem as entidades.
“É muito importante a criação de canais de diálogo, participação e construção real e por dentro, do próximo governo. A população negra organizada deve compor a gestão dos serviços públicos e da máquina pública a partir de pessoas negras orgânicas desses movimentos e suas pautas e reivindicações devem ser acolhidas”, prossegue o texto.
O manifesto, que critica a ‘aliança macabra entre Covas e [João] Doria’, foi assinado por Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), Educação e Cidadania para Afrodescendentes e Carentes (EDUCAFRO), Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), Movimento Negro Unificado (MNU), QUILOMBAQUE, UNEAFRO BRASIL e União de Negros pela Igualdade (UNEGRO).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.