Sociedade

Loja do Carrefour em Porto Alegre reabre após morte de João Alberto de Freitas

Vídeo divulgado pelo site GaúchaZH mostra um terceiro homem na cena, que diz à vítima: ‘Sem cena, tá? A gente te avisou da outra vez’

Loja do Carrefour em Porto Alegre reabre após morte de João Alberto de Freitas
Loja do Carrefour em Porto Alegre reabre após morte de João Alberto de Freitas
João Alberto Silveira Freitas. Foto: Reprodução/Redes sociais João Alberto Silveira Freitas. Foto: Reprodução/Redes sociais
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A unidade do Carrefour em Porto Alegre, local em que João Alberto de Freitas foi morto após ser espancado por dois seguranças do local, reabriu nesta segunda-feira 23. O crime aconteceu na noite da quinta-feira 19, véspera do Dia da Consciência Negra. A loja abriu às 8h da manhã e, uma hora antes, liberou o estacionamento para clientes acessarem o local.

 

Até o momento, foram presas duas pessoas que atuavam na vigilância local: o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, e o segurança Magno Braz Borges, de 30.

Um vídeo obtido pelo site GaúchaZH mostra um terceiro homem na cena do crime, vestido com roupas semelhantes à dos seguranças que espancaram o cidadão negro. Em determinado momento, ele diz: “Sem cena, tá? A gente te avisou da outra vez”. O homem ainda não foi identificado pela Polícia, que busca saber se havia um histórico de desentendimento entre a vítima e funcionários do local.

 

Em reportagem exibida no domingo 22, o Fantástico tece acesso às imagens das câmeras de segurança do circuito interno do local. As imagens mostram Beto e sua esposa chegando ao supermercado; depois o casal é visto no caixa da loja; em determinado momento, Beto vai em direção a uma funcionária da loja e faz um gesto; Giovane, um dos seguranças aparece junto com Magno e uma fiscal e conduz Beto para a saída da loja; na porta de saída para garagem, Beto dá um soco em Giovane; então, Beto é espancado até a morte por Magno e Giovane.

Ao chegar à cena do espancamento, a esposa de Beto, Milena, tenta socorrê-lo e intervir na cena, mas é impedida por uma dos rapazes.

A causa provável da morte é asfixia, conforme laudo preliminar do Instituto Geral de Perícias. Segundo a Polícia, os seguranças ficaram por cerca de cinco minutos pressionando Beto no chão. A Polícia investiga o crime, que até então é classificado de homicídio triplamente qualificado.

João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, era pai de quatro filhos e trabalhava como soldador.

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