Cultura
Campos: “Suassuna é um tio, um avô, um pai, um amigo”
Candidato do PSB lamentou a morte do escritor, que conhece desde garoto. Ariano foi secretário de cultura de PE em sua gestão e também na de seu avô, Miguel Arraes


Entre 1994 e 1998, Suassuna foi secretário estadual de Cultura de Pernambuco durante a gestão de Miguel Arraes, cargo que voltou a ocupar quando o neto deste, Eduardo Campos, era governador, em 2007. O escritor chegou a ajudar na elaboração do programa de governo nas áreas de cultura e educação da campanha de Campos. O candidato do PSB lamentou a morte do escritor Ariano Suassuna a um grupo de jornalistas que o acompanhava no momento da divulgação, no final da tarde desta quarta-feira:
“O Brasil perde a maior expressão da cultura popular. Nós perdemos um amigo, um conselheiro, uma referência de toda vida, mas Ariano deixa um exemplo de dignidade que todos nós brasileiros devemos seguir. [Um exemplo] de amor ao povo, de amor ao Brasil, de amor à ética. Viva Ariano Suassuna e seu amor a vida.
Ele era um exemplo de humanidade e de compreensão, que formou muitas pessoas. Também foi um grande professor não só na universidade, mas na vida. E eu tive o privilégio de ser aluno dele.
Ariano é um tio, um avô, um pai, um amigo, um companheiro, uma referência, uma lacuna muito grande. Eu cheguei esta manhã a me despedir dele, agradecendo tudo o que ele fez por muitas gerações, por muitas pessoas, e sobretudo pela cultura brasileira.
Hoje é o dia de aplaudir uma vida tão bela como a de Ariano. Sua vida foi tão bela quanto suas obras. E eu tive o privilégio de conhecer as obras e a vida desse grande homem, Ariano Suassuna. A saudade é enorme…”
Aqui o áudio divulgado pela campanha.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.