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Novo massacre intensifica surto de violência na Colômbia

Em 2020, foram 72 massacres no país governado pelo presidente Iván Duque

Novo massacre intensifica surto de violência na Colômbia
Novo massacre intensifica surto de violência na Colômbia
Manifestantes protestam por paz na Colômbia. Foto: Juan Barreto/AFP
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Autoridades colombianas denunciaram, nesta terça-feira 10, o massacre de três pessoas em uma área rural do noroeste do país, elevando para 72 o número de casos desse tipo de violência no ano.

 

O novo massacre ocorreu na segunda-feira 9, no município de Támesis, departamento de Antioquia, região mais atingida pelos homicídios de três ou mais pessoas no mesmo episódio, segundo o observatório independente Indepaz.

Segundo a ONG, Antioquia soma 17 massacres neste ano, seguida do departamento de Cauca (sudoeste), com dez.

O subsecretário de segurança de Antioquia, Jorge Ignacio Castaño, rejeitou nesta terça-feira o crime múltiplo e apontou como hipótese principal uma “disputa entre organizações criminosas que se dedicam ao tráfico local de entorpecentes”.

Uma das vítimas era um homem de 70 anos, acrescentou a autoridade, sem entrar em detalhes.

A Colômbia enfrenta um novo ciclo de violência com o aumento dos massacres, uma expressão do terror que envolveu os campos colombianos entre o fim dos anos 1990 e os primeiros anos do século.

O país sul-americano acreditava ter deixado para trás esta página do conflito com o desarmamento dos grupos paramilitares em 2006 e a dissolução da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias (Farc, marxistas) em 2016.

Ainda que o acordo de paz assinado com os rebeldes tenha diminuído a violência, grupos armados financiados pelo narcotráfico ainda operam, mantendo vivo um confronto que, em quase seis décadas, deixa 9 milhões de vítimas.

O governo atribui as recentes mortes aos guerrilheiros marginalizados após o acordo de paz, assim como a organizações que se financiam do narcotráfico e disputam entre si o controle de territórios essenciais para essa atividade.

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