Mundo
Ditador argentino Bignone sofre sexta condenação
Último chefe vivo do regime no país foi condenado por crimes cometidos contra 60 vítimas, todos trabalhadores
Um tribunal federal pronunciou nesta semana a sexta condenação contra o ex-ditador argentino Reynaldo Bignone, a 23 anos de prisão, por graves violações dos direitos humanos entre 1976 e 1983, informou o Palácio da Justiça.
Bignone, 86 anos, cumpre pena em uma penitenciária e é o último dos chefes da ditadura militar com vida, após o falecimento, em 2013, do general Jorge Videla.
A nova condenação foi “por crimes cometidos contra 60 vítimas, todos trabalhadores”, segundo o Centro de Informação Judicial (CIJ).
Bignone já foi condenado duas vezes à prisão perpétua e a penas de 25 anos, 23 e 15 anos de detenção por assassinatos, desaparições forçadas, tortura e roubo de bebês durante a ditadura.
O general Bignone assumiu a presidência em julho de 1982, após a queda do general Leopoldo Galtieri devido à derrota da Argentina para a Grã-Bretanha na Guerra das Malvinas, e entregou o poder em dezembro de 1983, ao presidente eleito Raúl Alfonsín.
Segundo organismos de defesa dos direitos humanos, cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante o regime militar na Argentina.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.