Política
Se for condenado, Flávio Bolsonaro deve perder cargo no Senado, defende MP
Promotores também querem a manutenção da prisão de Queiroz e Márcia


O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu à Justiça que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ) perca o cargo se for condenado, com trânsito em julgado, no caso da rachadinha. O pedido consta na denúncia apresentada na quarta-feira 4 pelo MP ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Além de Flávio, são alvos da denúncia o ex-assessor Fabrício Queiroz e mais 15 pessoas. Eles são acusados de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita nos anos em que o filho do presidente Jair Bolsonaro ocupou o cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro.
Os promotores ainda reivindicam que, se condenados, os denunciados sejam impedidos de exercer função ou cargo público pelo prazo de oito anos.
O MP também pede o pagamento de indenização no valor mínimo de 6,1 milhões de reais para reparar os cofres públicos do Rio de Janeiro pelos danos causados por crimes de peculato. O órgão defende que o pagamento seja feito entre Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz e Miguel Ângelo Braga Grillo, chefe de gabinete do senador.
Por fim, os promotores requerem a manutenção da prisão de Queiroz e de sua esposa, Márcia de Aguiar. Se aceitar, o juiz avaliará se mantém a prisão domiciliar.
Em nota divulgada na quarta-feira 4, a defesa de Flávio Bolsonaro afirma que a denúncia oferecida pelo Ministério Público “não passa de uma crônica macabra e mal engendrada”. Os advogados disseram, ainda, que acreditam que a peça “sequer será recebida pelo Órgão Especial”.
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