Economia

Caças suecos devem ser barrados em referendo na Suíça

A encomenda do modelo, que custará cerca de 4,5 bilhão de dólares para 32 jatos, foi anunciada recentemente pelo governo brasileiro

Caças suecos  devem ser barrados em referendo na Suíça
Caças suecos  devem ser barrados em referendo na Suíça
Um caça Gripen da Força Aérea da África do Sul, versão anterior à comprada pelo Brasil
Apoie Siga-nos no

Os caças Gripen NG, da sueca Saab, passarão nos próximos meses por um teste popular na Suíça que poderá reverberar na encomenda recentemente anunciada pelo governo brasileiro. Em meados de janeiro, após a coleta de dois abaixo-assinados com mais de 100 mil assinaturas cada, conforme exige a lei local, movimentos sociais e partidos políticos de centro-esquerda emplacaram um plebiscito para avaliar a pertinência do negócio de 3,5 bilhões de dólares, pelo qual o Estado suíço comprará 22 caças. O referendo foi marcado para 18 de maio.

A pesquisa mais recente, divulgada na Suíça em setembro de 2013, indicava não ser improvável o veto ao negócio, há cinco anos objeto de discussões acaloradas no Congresso do país. Segundo esse levantamento, cerca de dois terços da população suíça se disse contra a encomenda, índice próximo ao de pesquisa semelhante realizada em setembro de 2012.

Os oposicionistas dizem que as aeronaves custarão muito caro e são desnecessárias para garantir a segurança da “neutra” Suíça. Alguns criticam ainda o modelo escolhido, o NG, o mesmo eleito pelo governo brasileiro, por ainda estar em fase de desenvolvimento.

Nos últimos dias, parlamentares ligados à Social Democracia criticaram a Saab. Segundo esses congressistas, a fabricante tem feito campanha para influenciar a população, aproveitando a falta de legislação específica que vete tal iniciativa.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo