CartaExpressa
Projeto de Doria que extingue empresas públicas pode ser votado hoje
Megaprojeto do governo de São Paulo que prevê extinção de empresas públicas e retirada de verba de universidades, o PL/529, está perto de aprovação. Vencido o prazo de 45 dias que a Alesp teria para discutir a proposta, a base aliada tenta votá-la ainda nesta […]
Megaprojeto do governo de São Paulo que prevê extinção de empresas públicas e retirada de verba de universidades, o PL/529, está perto de aprovação. Vencido o prazo de 45 dias que a Alesp teria para discutir a proposta, a base aliada tenta votá-la ainda nesta segunda-feira 28. A oposição — que inclui progressistas e bolsonaristas — promete obstruir a votação.
https://twitter.com/MonicaSeixas/status/1310585721779105792
Os deputados sugeriram ao todo 623 emendas, todas vetadas pelo relator Alex de Madureira (PSD).
https://twitter.com/DouglasGarcia/status/1310634278414413824
Foram incorporadas, contudo, algumas mudanças. A Fapesp e o Caixa Beneficente da Polícia Militar (que administra a assistência a familiares de PMs) foram poupados da obrigação de repassar o superávit anual aos cofres do estado. A medida continua valendo para as demais autarquias e fundações, como Unicamp, Unesp e USP.
O PL/529 propõe ainda a extinção de dez empresas públicas estaduais. São elas:
- Fundação Parque Zoológico de São Paulo;
- Fundação para o Remédio Popular (FURP)
- Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP);
- Instituto Florestal;
- Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU);
- Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP);
- Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN);
- Instituto de Medicina Social e de Criminologia (IMESC);
- Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP);
- Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.