Política
Câmara do Rio nega abertura de impeachment contra Crivella
Pedido foi rejeitado por 25 votos contra e 23 a favor


A Câmara Municipal do Rio negou o pedido de abertura de impeachment contra o prefeito da cidade, Marcelo Crivella.
A sessão realizada nesta quinta-feira 3 terminou com um placar de 25 votos contra e 23 votos a favor. Para ser aprovado, o pedido precisava de maioria simples, de 26 votos, do total de 51 parlamentares.
O pedido de impeachment se baseou em denúncias de que funcionários públicos estariam na porta dos hospitais municipais impedindo a ação de repórteres da TV Globo de entrevistarem pacientes.
Os vereadores das bancadas de oposição sustentaram que era necessário abrir o processo de impeachment a fim de investigar a participação do prefeito junto a esses grupos, que se organizavam através do WhatsApp.
Já os parlamentares da base do governo argumentaram que não cabia abrir um processo do tipo às vésperas do início da campanha eleitoral deste ano, dizendo que o julgamento seria feito pelos eleitores nas urnas.
Um vereador não conseguiu votar, mas pediu para consignar o voto favorável à abertura do processo. O ato elevou de 22 para 23 o número de votos a favor do impeachment.
Parte dos vereadores participou da sessão presencialmente e outra parte, de forma remota. Com a rejeição em Plenário, o pedido foi arquivado.
Em nota, a prefeitura do Rio alegou que os funcionários ficavam na porta dos hospitais para orientar os pacientes.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.