Diversidade
Pela primeira vez, SP terá uma chapa formada com uma mulher trans para prefeitura
Reverenda Alexya Salvador disputará as prévias do Psol na chapa de Sâmia Bomfim


As eleições municipais de 2020, que este ano acontecem em novembro por conta da pandemia do coronavírus, já começaram fazendo história para o movimento LGBT na cidade de São Paulo. Pela primeira vez, uma mulher trans disputa a pré-candidatura a vice-prefeita em uma chapa.
A deputada federal Sâmia Bomfim anunciou neste domingo 05 a reverenda Alexya Salavador como sua vice em uma chapa que disputará as prévias do Psol com Guilherme Boulos e Luiza Erundina.
A pastora de 39 anos é uma mulher trans, negra, mãe, periférica, professora e cristã.
A paulistana faz parte da ICM (Igreja da Comunidade Metropolitana), congregação evangélica que destoa de outras vertentes por ser aberta à comunidade LGBT.
Em janeiro deste ano, Alexya se tornou a primeira reverenda transexual de uma igreja cristã na América Latina.
Com imensa alegria anuncio que a Reverenda @AlexyaSalvador aceitou meu convite e, junto comigo, agora é pré-candidata a vice-prefeita de SP. Mulher, trans, negra, mãe, periférica, professora, cristã, do PSOL. Uma potência enorme que me deixa confiante e feliz. #VaiTerSâmiaEAlexya pic.twitter.com/7wElx5OuGw
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) July 6, 2020
As prévias do Psol estão marcadas para acontecer no dia 18 deste mês, de forma virtual.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Os pastores progressistas dispostos a discutir tabus
Por René Ruschel
Cristãos e a criminalização da LGBTfobia: a cidadania está em jogo
Por Magali Cunha
Pastora trans no altar não é pecado. É divindade e sopro de fé
Por Franklin Félix