Política

Governo volta atrás e revoga portaria assinada por Weintraub sobre cotas

A mudança foi feita pelo ex-ministro como última medida à frente da pasta da Educação

Governo volta atrás e revoga portaria assinada por Weintraub sobre cotas
Governo volta atrás e revoga portaria assinada por Weintraub sobre cotas
Apoie Siga-nos no

O Ministério da Educação (MEC) voltou atrás e tornou sem efeito a portaria assinada pelo ex-ministro Abraham Weintraub, que acabava com incentivo a cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação.  A revogação foi publicada no início da madrugada desta terça-feira 23 no Diário Oficial da União e foi assinada pelo ministro interino da pasta, Antonio Paulo Vogel de Medeiros.

A decisão foi publicada na última terça-feira 16 e revogava a portaria nº 13 de 2016, que promove a política de cotas em programas de pós-graduação nas universidades federais. A matéria reserva vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência “ampliando a diversidade étnica e cultural em seu corpo discente”. O decreto foi feito dois dias antes de Weintraub deixar o cargo e se mudar para os EUA.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou nesta segunda 23 um prazo de 48 horas para que o advogado-geral da União, José Levi Mello, se manifeste sobre a portaria, gerando mais um atrito entre o governo e o STF.

Gilmar é relator de três ações movidas por PSB, Rede e PDT contra a portaria de Weintraub.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo