Saúde
Carlos Wizard diz que governo deve investir R$ 30 milhões em cloroquina
Empresário que irá assumir secretaria no Ministério da Saúde reafirma que governo tem intenção de ‘apostar 100%’ no medicamento
O governo Bolsonaro deverá investir cerca de R$ 30,3 milhões em compra de insumos para a produção da cloroquina – que, apesar de ter sido contestada cientificamente para ter seu uso aplicado com cautela, continua sendo a maior aposta do presidente no combate à pandemia.
A informação foi dada à coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, pelo futuro novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o empresário Carlos Wizard Martins. Wizard é um dos fundadores da rede de escolas de idiomas que leva o seu sobrenome e, como outros membros recentemente intitulados no Ministério, Wizard não tem experiência na área da saúde.
Wizard atua como conselheiro de Assuntos Estratégicos no ministério e já trabalhou com o ministro interino Eduardo Pazuello na Operação Acolhida, que auxilia refugiados venezuelanos que chegam ao Brasil.
“Vamos apostar 100%, seguir e defender a cloroquina. Esperamos que, nos próximos 30 dias, possamos receber essa carga no Brasil”, disse. Segundo ele, os insumos estão sob negociação com indústrias farmacêuticas da Índia.
Em relação aos questionamentos que vêm da comunidade científica e da própria Organização Mundial da Saúde – que retomou os testes com a cloroquina na quarta-feira 03, mas permanece reticente em relação à recomendação -, o novo secretário argumentou que a revista científica que contesta o medicamento está realizando uma auditoria sobre o estudo publicado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



