Política
Facebook notifica post de Eduardo Bolsonaro com frase de Churchill como falso
Frase não foi dita por primeiro-ministro britânico, mas o parlamentar não apagou ou se retratou pelo erro nas redes
A informação de que o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill teria dito a frase “Os fascistas do futuro se chamarão a si mesmos de antifascistas” é falsa, mas isso não impediu que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a publicasse em suas redes sociais. No entanto, o Facebook decidiu avisar os seguidores do parlamentar de que a informação ali vista não era verídica – o que não o estimulou a apagar a postagem até a publicação desta reportagem.
“Winston Churchill, o primeiro-ministro do Reino Unido durante a 2ª guerra mundial. Mais profético impossível!”, escreveu na legenda da foto com a frase falsa.

O filho do presidente e sua rede de apoiadores se mobiliza contra protestos pró-democracia que aconteceram no último domingo 31, e que tiveram como um dos motes a luta contra identidades autoritárias e similares ao fascismo dentro do governo Bolsonaro.
Na Avenida Paulista, um confronto entre manifestantes pró-Bolsonaro e pró-democracia terminou com a polícia atirando bombas de efeito moral a fim de dispersar apenas um lado do ato, que se identificava contra o presidente e era composto, em grande parte, por torcedores dos times paulistas. O governador João Doria (PSDB) afirmou que a PM “não tem nenhum lado” e disse que irá negociar para que manifestações que se oponham não acontecerão mais no mesmo dia e local.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



