Saúde

Com mais de 50 mil casos de coronavírus, Rio de Janeiro começa flexibilizar isolamento social

Na capital poderão voltar a funcionar lojas de móveis e automóveis, bem como igrejas. No estado, reabertura está prevista a partir do dia 8

Com mais de 50 mil casos de coronavírus, Rio de Janeiro começa flexibilizar isolamento social
Com mais de 50 mil casos de coronavírus, Rio de Janeiro começa flexibilizar isolamento social
Créditos: Fernando Frazão / Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, vai flexibilizar o isolamento no estado a partir da próxima segunda-feira 8. O decreto que afrouxa as regras da quarentena será publicado ainda nesta segunda-feira 1 no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o novo, voltam a funcionar no estado:

    • comércio: as lojas de rua poderão abrir normalmente, desde que obedeçam normas que ainda serão detalhadas pelo Estado;
    • bares e restaurantes: podem voltar a servir refeições em seus salões, desde que limitem o atendimento a 30% de sua capacidade;
    • shoppings centers: também poderão reabrir desde que a capacidade dos estacionamentos, quiosques e praças de alimentação seja reduzida a 50%;
    • exercícios ao ar livre: a prática será recomendada ao ar livre, preferencialmente em locais próximos da residência;
    • Detran: as unidades de atendimento também voltarão a operar, com orientações de que os usuários mantenham um metro de distância entre si

Continuam suspensas até o dia 21 de junho, data limite para a quarentena até o momento, o funcionamento das escolas e creches; academias; lazer em praias, lagoas, rios e piscinas pública (só são permitidas a prática de exercício físico individual nas orlas); e a promoção de eventos com aglomeração de pessoas, como shows, festas, manifestações, eventos esportivos, dentre outros.

O estado do Rio de Janeiro tem 53.388 casos confirmados de coronavírus e 5.344 mortos, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde feito no domingo 31. Do sábado 30 para o domingo 31, foram reportados 968 novos casos em 24 horas, bem como 67 novos óbitos.

O estado tem a maior taxa de mortalidade por 100 mil habitantes maior do Sudeste, de 30,9. A média do País é de 13,9.

Dos sete hospitais de campanha anunciados pelo governador, apenas um foi inaugurado, a unidade Maracanã, que funciona com capacidade abaixo da prevista. Witzel ainda é alvo de uma investigação que apura um esquema de corrupção no estado.

Flexibilização na capital começa nesta terça

Na capital, o prefeito Marcelo Crivella começa a flexibilizar as regras de isolamento já a partir da terça-feira 2. Estarão permitidos:

  • caminhadas no calçadão e atividades na água, como surfe.
  • atividades em templos religiosos com regras para evitar aglomerações;
  • funcionamento de lojas de móveis e automóveis

Estão proibidos aluguéis de barracas nas praias, bem como atividades na areia, caso das escolinhas de surfe. Feirões de automóveis também continuam proibidos.

Segundo o prefeito, o plano de retomada da cidade será feito em seis fases, com término previsto para agosto, caso não haja crescimento de casos e aumento da capacidade exigida das redes de saúde. A ideia é que as fases sejam implementadas a cada 15 dias.

Na primeira fase, apenas o comércio essencial continuará liberado. Os parques públicos também são liberados para atividades físicas. Na segunda, os shoppings poderão reabrir, mas com redução de um terço da capacidade dos estacionamentos. E uma pessoa por quatro metros quadrados.

A retomada das aulas é pensada a partir de julho, inicialmente com a liberação das turmas do quinto ao nono ano, com restrições de turmas. Está previsto rodízio de alunos mesmo depois da última fase de reabertura.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo