Política

Bolsonaro quer congelar salário de servidores: “É o remédio menos amargo”

Presidente também confirmou sanção do apoio financeiro a estados e municípios, mas não indicou prazo para o início do pagamento

Bolsonaro quer congelar salário de servidores: “É o remédio menos amargo”
Bolsonaro quer congelar salário de servidores: “É o remédio menos amargo”
Bolsonaro fala em reunião remota com governadores - Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

Ao lado de ministros e dos presidentes do Senado e da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu remotamente, na manhã desta quinta-feira 21, com os governadores dos 27 estados brasileiros. Em tom conciliatório, confirmou a sanção do projeto de socorro financeiro aos estados e municípios com vetos, e pediu apoio ao congelamento dos reajustes salariais dos servidores públicos até 31 de dezembro de 2021.

“É bom para o servidor, porque o remédio é o menos amargo. Mas é de extrema importância para os 210 milhões de habitantes”, explicou Bolsonaro, depois de comentar que trabalhadores da iniciativa privada têm perdido empregos e tendo a renda reduzida neste período de pandemia. Segundo ele, o congelamento dos salários seria a “cota de sacrifício” dos servidores públicos neste momento difícil.

Na reunião virtual, Bolsonaro confirmou o socorro financeiro aos estados e municípios, estimado em 125 bilhões de reais, sendo 60 bilhões em transferência direta da União aos estados e municípios e 65 bilhões em suspensão do pagamento de dívidas. No entanto, não estabeleceu prazo para o primeiro pagamento – no encontro remoto, governadores pediram a ele que o dinheiro comece a ser liberado ainda neste mês de maio.

Além disso, confirmou que a sanção será feita com quatro vetos, entre eles o que permitia reajuste salarial a servidores públicos durante a pandemia. “O mais importante: se possível sair uma proposta aqui por unanimidade de nós, ao vetarmos quatro dispositivos, um que é de extrema importância, que esse veto venha a ser mantido por parte do parlamento. Porque é assim que vamos construir nossa política, nos entendendo cada vez mais”, pediu.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo