Educação

Bolsonaro diz que Enem pode ser adiado “um pouco”, mas quer prova este ano

Entidades estudantis e educadores pedem o adiamento da prova, uma vez que estudantes mais pobres não têm as mesmas condições de preparo

Bolsonaro diz que Enem pode ser adiado “um pouco”, mas quer prova este ano
Bolsonaro diz que Enem pode ser adiado “um pouco”, mas quer prova este ano
Presidente Jair Bolsonaro. Foto: AFP
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O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira 13, ao sair do Palácio do Planalto, que o Enem pode ser adiado “um pouco”, mas reiterou que a prova deve ser realizada ainda este ano.

“Estou conversado com o Weintraub. Se for o caso, atrasa um pouco, mas tem que ser aplicado esse ano”, declarou.

O Inep e o Ministério da Educação mantiveram o cronograma do exame mesmo diante vários pedidos pelo adiamento, dado o contexto da pandemia do coronavírus. Com o fechamento das escolas em todos o País, muitas redes aderiram ao modelo de aulas a distância, método que, segundo entidades e especialistas, agrava a questão da desigualdade entre os alunos.

 

As dificuldades vão desde ter acesso a internet e computadores para acessar os conteúdos, acessar materiais didáticos, e mesmo dispor de um ambiente favorável aos estudos. A questão da merenda escolar também soma ao bojo das dificuldades, dado que muitos estudantes fazem as principais refeições nas escolas.

Até o momento, o Enem segue com prova presencial agendada para os dias 1º e 8 de novembro; a versão digital para os dias 22 e 29 de novembro. As inscrições para o exame seguem abertas até o dia 22 de maio no site do Inep.

Ubes e Une Vão à justiça pelo adiamento

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) protocolaram na segunda-feira 11 um mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que o Enem seja adiado.

No pedido, as instituições reforçam que a realização da prova este ano afetará os estudantes mais pobres, que não têm as mesmas condições de se preparar para o exame.

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