Saúde

São Paulo terá uso obrigatório de máscaras nas ruas a partir do dia 07

Medida já tinha sido anunciada para o uso do transporte público, mas agora deve se estender a todos que estiverem nas ruas

São Paulo terá uso obrigatório de máscaras nas ruas a partir do dia 07
São Paulo terá uso obrigatório de máscaras nas ruas a partir do dia 07
(Foto: Divulgação/PMSP)
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Quem sair às ruas em um dos municípios do estado São Paulo deverá, a partir da quinta-feira 07, fazer uso obrigatório de máscaras, estando sujeito a medidas de repreensão pelo poder público local. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) nesta segunda-feira 04, mesmo dia que a obrigatoriedade das máscaras começou a valer no transporte público de cada município.

Doria afirmou que o decreto regulamentando a questão será publicado na terça-feira 05 no Diário Oficial do Estado. “A regulamentação sobre eventuais punições a quem desobedecer essa medida serão de responsabilidade das prefeituras.”, acrescentou.

Segundo as regras do decreto da quarentena, que vai oficialmente até o dia 10 de maio, as forças policiais podem intervir na abertura irregular de serviços considerados não-essenciais e, também, abordar cidadãos que realizem atividades contrárias àquelas regulamentadas pelo setor sanitário.

No entanto, diversas prefeituras têm flexibilizado as regras a fim de fazerem uma reabertura não planejada do comércio, o que acabou por afrouxar os índices de isolamento social em todo o estado. Na semana passada, o índice medido pelo governo chegou a 47% de distanciamento social, o menor desde o começo da quarentena, no dia 24 de março. No domingo 03, o índice chegou a 59% no estado, considerado bom.

O menor respeito às medidas de isolamento tem sido acompanhadas de manifestações pró-Bolsonaro em algumas capitais, como São Paulo. Geralmente sem máscaras e promovendo a aglomeração em meio à pandemia, os presentes também portam cartazes de ataques à democracia e a instituições como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Sobre o assunto, Doria afirmou que os protestantes são “milicianos” e criticou, novamente, o presidente Jair Bolsonaro por incentivar os atos em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.

“Eu queria registrar o repúdio a esses milicianos fantasiados de patriotas que desrespeitam a vida, promovem o ódio, estimulam agressões e empregam agressões contra profissionais de saúde e jornalistas. Vocês representam a incapacidade de compreender a situação difícil e dramática do Brasil neste momento”, disse o governador.

Doria é um dos principais focos de ataque da base bolsonarista em relação à política e o coronavírus. Na coletiva, ele afirmou que recebeu mais uma ameaça de morte a sua família por meio do Instagram da primeira-dama de São Paulo, Bia Doria.

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