Política

Saída de Moro do governo aumenta sua avaliação positiva e derruba a de Bolsonaro, diz pesquisa

Os resultados do levantamento feito pela XP Investimentos são os piores desde o início do mandato do presidente

(Foto: Marcos Corrêa / PR)
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Após a saída do ex-ministro Sérgio Moro do governo de Jair Bolsonaro, o presidente viu sua rejeição saltar 7 pontos percentuais. Foi o que mostrou uma pesquisa de opinião realizada pela XP investimentos, divulgada nesta segunda-feira 04.

Segundo o levantamento,  desde o pedido de demissão de Moro, em 24 de abril, a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro caiu 4 pontos percentuais, de 31% para 27%, enquanto a avaliação negativa saltou 7 pontos percentuais, de 42% para 49%. Os valores são, respectivamente, o menor e o maior da série iniciada em janeiro de 2019.

Já a avaliação positiva do ex-ministro da Justiça aumentou. Sérgio Moro tinha uma nota de 6,2 no começo de abril e saltou para 6,5 depois de sua saída. No total 58% avaliam a atuação do ex-juiz como positiva contra 18% que não aprovam suas atitudes.

E a expectativa com o restante do mandato do capitão também sofreu impacto. A expectativa negativa passou de 38% para 46%, enquanto a positiva foi de 35% para 30%.

E a tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, que foi denunciado por Moro deixar o cargo, é vista como um problema para o novo nome da pasta.  69% dizem acreditar que André Mendonça terá uma atuação com interferências do presidente, enquanto 19% esperam uma atuação independente.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 28, 29 e 20 de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Economia e coronavírus

A percepção negativa também se ampliou em relação à economia. Hoje, são 52% os que acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo caíram de 35% para 32%.

Sobre a melhor maneira de recuperar a economia depois da crise provocada pelo coronavírus, 62% acreditam que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, enquanto 29% acreditam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.

O levantamento registrou ainda um aumento no percentual dos que dizem estar com “muito medo” do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior.

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