Política
Estado e prefeitura do Rio de Janeiro prorrogam medidas de isolamento
No estado, medidas de isolamento vão até o dia 11 de maio; na capital, prefeito prorrogou-as até 15 de maio


Foi publicado nesta quinta-feira 30, nos Diários Oficiais do estado e da cidade do Rio de Janeiro, a prorrogação de medidas de isolamento social em vigência, cujo prazo limite ia até hoje. Para o estado, o governador Wilson Witzel (PSC) determinou que a quarentena será estendida até o dia 11 de maio, e, na capital, o decreto de Marcelo Crivella (Republicanos) prorroga as medidas até o dia 15 de maio.
Ambas autoridades afirmam que as orientações de distanciamento social, da população permanecer em casa e de comércio fechado continuam, ao menos, até a data prevista. Podem continuar funcionando aqueles serviços considerados essenciais, como supermercados, açougues, padarias, lanchonetes, hortifrutis, farmácias e lojas de conveniência, contanto que existam medidas de segurança e higiene disponíveis para funcionários e clientes.
No âmbito estadual, estão suspensos grandes eventos, como shows e passeatas, abertura de cinemas, academias e shoppings, abertura de escolas públicas e privadas, restrição no transporte intermunicipal entre estados com decretos de situação de emergência, entre outros.
Já na alçada municipal, os cidadãos do Rio de Janeiro continuarão obrigados a utilizarem máscaras ao saírem de casa, e o prefeito sugeriu que, caso a curva de infecções e de óbitos continue em ascensão, as medidas poderão se tornar ainda mais duras.
“Se as pessoas não usarem máscaras e a curva continuar subindo, nós vamos endurecer ainda mais. Para baixar as curvas de infecção e internação em UTI, nós precisamos ter as medidas de afastamento social mantidas e o uso de máscara para quem sai”, disse Witzel em entrevista à TV Globo.
Até o momento, o Rio de Janeiro é o segundo estado mais atingido pela epidemia de coronavírus e registra 8.869 casos e 794 mortes confirmadas. Em relação ao sistema de saúde, Wilson Witzel admitiu, em entrevista no dia 28 de abril, que o Rio já enfrenta em colapso em relação ao número de leitos, de respiradores, de profissionais da saúde e de assistência, no geral, à população em relação à covid-19. Segundo o governador, há mais de 300 pessoas na fila para uma vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nos hospitais públicos do estado.
Leia o decreto estadual e o decreto municipal na íntegra – no último caso, o publicado do Diário Oficial do município apenas anunciava a nova data limita da quarentena, e não elencava quais serviços podem funcionar.
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