Economia
Dólar bate novo recorte e chega a R$ 5,32; bolsa opera em queda
Demissões nos EUA e risco de recessão fizeram moeda subir novamente nesta sexta-feira 03
Esta sexta-feira 03 fecha uma nova semana de recortes para o dólar, que chegou a subir 0,98% e alcançar o patamar de R$ 5,32, a nova máxima histórica da moeda.
Os impactos do coronavírus têm afetado os câmbios fortemente desde meados de fevereiro, mas dados mais recentes sobre a faixa de 1 milhão de infectados ao redor do mundo e a perda de 701 mil empregos nos Estados Unidos durante o mês de março fez com que o valor da moeda subisse novamente.
O Ibovespa, por sua vez, atua em queda de 4,97% até o meio da tarde desta sexta. Na quinta-feira 02, por exemplo, a bolsa brasileira vinha apresentando sinais de leve recuperação por conta do preço do petróleo, que impactou na alta das ações da Petrobrás. Hoje, no entanto, o cenário é diferente e as ações da estatal operam em meio à queda de 2,39%.
Assim como as bolsas asiáticas, que terminaram no vermelho na China, enquanto Tóquio fechou estável, as praças europeias começaram com quedas. Às 6h (horário de Brasília), Paris perdia 0,89%; Frankfurt, 0,48%; Londres, 1,05%; e Milão, 1,54%.
Já Madri estava em equilíbrio (+0,01%), após a publicação de novos dados preocupantes sobre as perspectivas econômicas na Europa. A atividade do setor privado na zona euro caiu em março até seu nível histórico mais baixo, conforme a segunda estimativa do índice PMI publicado nesta sexta pela Markit.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, declarou que o mundo estava sob “recessão” ao participar de uma entrevista com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde nesta sexta.
”Agora estamos em recessão”, declarou hoje , ao participar de um briefing à imprensa com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, ilustrando a importância do combate ao vírus para retomar em seguida a atividade econômica.
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