Mundo
Pandemia de coronavírus adia Olimpíada de Tóquio para 2021
Pedido do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para adiamento dos Jogos foi aceito pelo Comitê Olímpico Internacional
Os Jogos Olímpicos de Tóquio, previstos para serem disputados entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano, foram adiados para 2021 devido à pandemia do coronavírus, anunciou nesta terça-feira 24 o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Trata-se de um adiamento inédito na história dos Jogos, cuja primeira edição na era moderna foi disputada em 1986. Somente as duas Guerras Mundiais foram responsáveis por perturbar o calendário olímpico, em 1916, 1940 e 1944, mas em todos estes casos a decisão final foi o cancelamento definitivo das edições.
“Nas circunstâncias atuais e com base nas informações apresentadas hoje 24 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos Olímpicos de Tóquio devem ser reagendados para depois de 2020 e serem disputados no mais tardar no verão (boreal) de 2021, com o objetivo de preservar a saúde dos atletas e de todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos, assim como da comunidade internacional”, anunciou o COI em comunicado.
Pouco antes, em Tóquio, ao término de uma teleconferência com o presidente do COI, Thomas Bach, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que havia “apresentado uma proposta de adiar (os Jogos Olímpicos) por cerca de um ano” e que o dirigente olímpico concordou “em 100%”.
Esta decisão do COI e dos organizadores dos Jogos se mostrava cada vez mais provável nos últimos dias diante da propagação do coronavírus no mundo e da enxurrada de pedidos de adiamento vindos de atletas e federações de grande influência.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


