Economia

Bolsa fecha em queda após sexta paralisação em dez dias e dólar dispara

Mercado ainda reage fortemente à pandemia do coronavírus. Preço do petróleo também despenca

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O fechamento do pregão da bolsa brasileira desta quarta-feira 18 acompanhou o movimento global: derretimento acentuado e generalizado. O Ibovespa fechou o dia em queda de 10,35%, atingiu o sexto circuit breaker das últimas duas semanas e teve que lutar para não chegar na segunda interrupção do dia, que acontece quando há queda de 15%.

Junto com o tombo, veio também mais um recorde do dólar, que atingiu R$ 5,25 em determinado momento do dia e fechou a R$ 5,19, nova máxima de fechamento e de desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar.

O petróleo também atingiu um preço comparável aos do começo do século, e foi negociado a US$ 24,88 o barril do petróleo brent, uma classificação de óleo cru que é negociada como commoditie pelos mercados globais. O valor diminuiu cerca de 24,4%. Os papéis da Petrobras foram vendidos em queda de 13,15%.

A causa, como sabido, é o alastramento do coronavírus ao redor do mundo. No Brasil, não foi diferente: mais duas mortes em decorrência da Covid-19 foram anunciadas nesta tarde. Ambas, como a primeira vítima, ocorreram em São Paulo.

Nesta quarta, o governo Bolsonaro, cujo líder e presidente vinha sendo fortemente criticado por considerar a crise uma “histeria” provocada pela mídia, anunciou um pacote de R$ 15 bilhões para fornecer uma ajuda de custo a trabalhadores informais, como entregadores de aplicativos.

Segundo Paulo Guedes, ministro da Economia, serão 5 bilhões que, todo mês, serão distribuídos por meio de vouchers de R$ 200. Há expectativa para ver como os investidores irão olhar ao pacote do governo nesta quinta-feira 19.

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