Política
Governo remove diplomatas e funcionários de chancelaria da Venezuela
Em decisão publicada no Diário Oficial da União, Ministério das Relações Exteriores listou quatro diplomatas e 11 funcionários
O governo do presidente Jair Bolsonaro removeu quatro diplomatas e 11 funcionários da chancelaria da Venezuela. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta quinta-feira 5, pelo Ministério das Relações Exteriores, chefiado por Ernesto Araújo.
Do quadro de diplomatas, foram removidos a ministra de primeira classe do consulado do Brasil em Caracas, Elza Moreira Marcelino de Castro e os conselheiros Carlos Leopoldo Gonçalves de Oliveira, Rodolfo Braga e Francisco Chaves do Nascimento Filho – este último era membro do consulado do Brasil em Ciudad Guayana.
Seis funcionários removidos eram do consulado em Caracas: os assistentes de chancelaria Ana Maria Frazão Gomes, Leila Faria Santos, Vanderli Pereira da Silva e Jucielmo Abreu Pereira, além da agente administrativa Edeilde Pereira Guimarães e da administradora Maria Lídia Machado de Freitas.
Outros dois eram assistentes de chancelaria do vice-consulado de Santa Elena do Uairen: Ewerton Luiz Silva de Oliveira e Manoel Moreira da Silva.
Do consulado de Ciudad Guayana, foram listados o assistente de chancelaria Leopoldo Soares Campos e o agente administrativo Antonio Alvez Bezerra. O oficial Hélio de Araújo Lobo, do vice-consulado brasileiro em Puerto Ayacucho, também foram removidos.
CartaCapital pediu esclarecimento ao Ministério das Relações Exteriores sobre as remoções, mas ainda não recebeu posicionamento.
As relações entre Brasil e Venezuela têm ficado azedas desde a entrada de Michel Temer no comando do Palácio do Planalto. Na época, o então presidente incentivou a suspensão da Venezuela do Mercosul. Em resposta, o presidente Nicolás Maduro expulsou o embaixador brasileiro, Rui Pereira.
Em 2019, o governo Bolsonaro concedeu ao deputado venezuelano Juan Guaidó o reconhecimento como presidente interino do país vizinho. Em 14 de fevereiro deste ano, Maduro acusou Bolsonaro de buscar um conflito armado com a Venezuela.
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