Política
Bolsonaro ataca novamente a imprensa e pede boicote
O presidente defendeu que os empresários boicotem a revista Época e o jornal Folha de S.Paulo


O presidente Jair Bolsonaro atacou novamente, nesta quinta-feira, a imprensa brasileira, que chamou de “podre”, e defendeu que os empresários boicotem a revista Época e o jornal Folha de S.Paulo.
“A primeira coisa que a imprensa, não estou reclamando não, é uma afirmação, tem como regra, como combustível, é a mentira”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo no Facebook.
“Vou falar para o empresariado que (…) esses jornais, Revista Época, Folha de S.Paulo, não anunciem lá, jornal que mente o tempo todo, trabalha contra o governo, e se o governo dá errado toda a economia brasileira vai sofrer”.
Em meio à tensão com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo uma manifestação contra o Legislativo convocada por seus partidários e que, segundo a imprensa, Bolsonaro teria incentivado em seu grupo de Whatsapp, o presidente destacou que respeita a divisão de poderes, mas insinuou que parte do seu trabalho é sabotado por deputados e juízes.
“Parece que não posso mudar nada, mas não vou criticar o Parlamento, assim como não critico ao STF, respeito os poderes, agora nós temos de insistir, persistir”
Ao final da transmissão de 34 minutos, Bolsonaro mencionou brevemente o novo coronavírus, que na quarta-feira teve seu primeiro caso confirmado no Brasil, na cidade de São Paulo.
“Estamos tendo problemas com esse coronavírus, o mundo inteiro está sofrendo, as Bolsas estão caindo em todo o mundo, e o dólar também subindo no mundo todo”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.