Política

Trinta anos depois da saída de Mandela da prisão, MBL crava: “terrorista”

Grande nome pelo fim do Apartheid, Mandela conquistou o Nobel da Paz, em 1993, pelos esforços para conciliar o povo sul-africano

Trinta anos depois da saída de Mandela da prisão, MBL crava: “terrorista”
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O Movimento Brasil Livre chamou o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, de terrorista em uma publicação feita nesta quarta-feira 12 em seu site. O texto foi uma reação a um post feito pelo ex-presidente Lula em suas redes sociais, na terça-feira 11, em que recordava que há 30 anos atrás, Mandela era solto da prisão e quatro anos depois assumiria a presidência do País.

No texto “Lula exalta amigo terrorista no Twitter”, o MBL diz que Lula exaltou um suposto amigo “símbolo da paz” da esquerda e atrela a sua prisão, em 1963, a “uma série de ataques terrorista e assassinatos que cometeu contra pessoas brancas ou negras”.

Mandela foi o grande nome da luta contra o fim da divisão entre brancos e negros na África do Sul, imposto pelo regime segregacionista do Apartheid, em 1948. Embora se inspirasse no indiano Mahatma Gandhi e defendesse o ideal de resistência pacífica, Mandela foi preso em 1956, acusado de traição. Em 1961, foi absolvido e engajou-se na luta armada após o massacre de Sharpeville – em que 69 manifestantes negros foram mortos pela polícia – e o banimento do Congresso Nacional Africano pelo governo.

Em 1962, ele foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e por viajar ao exterior sem autorização. Em 1964, foi novamente julgado e condenado à prisão perpétua por sabotagem e por conspirar para outros países invadir a África do Sul. No julgamento, ele se declarou culpado da primeira, mas jamais assumiu a segunda acusação. Ele ficou preso por 27 anos, e foi solto em 1990 quando, sufocado pelas sanções internacionais, o regime do Apartheid iniciou um processo de abertura e soltou o principal rosto de sua oposição.

Mandela conquistou o prêmio Nobel da Paz, em 1993, ao lado do presidente Frederik Willem de Klerk por seus esforços conjuntos pela reconciliação do povo sul-africano.

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