Política
Bruno Covas culpa chuvas e diz que prefeitura reduziu danos em São Paulo
Prefeito gravou vídeo e informou que comitê de crise atua para monitorar impacto dos temporais


O prefeito Bruno Covas (PSDB) atribuiu os desastres em São Paulo à “quantidade imensa de água” que choveu nesta segunda-feira 10. Em vídeo, o tucano exaltou ações preventivas que, segundo ele, reduziram os danos dos temporais.
Covas se reuniu com o governador em exercício, Rodrigo Garcia, e com um comitê de crise na sede da prefeitura para discutir soluções emergenciais para os estragos.
“Para se ter uma noção, em três horas, em alguns pontos da cidade, choveu praticamente metade para todo o mês de fevereiro. O desastre teria sido ainda muito maior se não tivesse sido o trabalho preventivo que a prefeitura fez ao longo dos últimos meses. Limpamos vários córregos da cidade, limpamos todos os piscinões. Aliás, nenhum piscinão transbordou por conta dessa limpeza”, disse o prefeito.
Segundo Covas, a prefeitura está monitorando, principalmente, escolas municipais, hospitais e linhas de ônibus, e aumentou a equipe de limpeza nas ruas. O sistema de rodízio também foi suspenso. A atenção é especial com deslizamentos e desabamentos.
Até as 18h15, o Corpo de Bombeiros contabilizou 978 enchentes, 169 desabamentos e desmoronamentos e 195 quedas de árvores. Entre 0h e 15h, os bombeiros receberam mais de 7.650 chamados na capital e na região metropolitana de São Paulo.
Em Dubai, nos Emirados Árabes, o governador João Doria (PSDB) também se pronunciou. O tucano pediu para que as pessoas se protejam e evitem áreas de risco.
As chuvas provocaram transbordamento dos rios Tietê e Pinheiros e de outros córregos. Os trens da cidade ficaram parados por alagamentos nos trilhos. As marginais do Tietê e do Pinheiros tiveram bloqueios devido a pontos intransitáveis. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CET) informa 81 pontos de alagamento.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o volume de água das últimas chuvas foi o maior em 37 anos para o mês de fevereiro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.