Política

Suspeito do caso Marielle é morto pela polícia na Bahia

Polícia baiana relata troca de tiros no momento da prisão. Adriano da Nóbrega estava foragido

Foto: Divulgação
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Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-policial do Bope e foragido da polícia por ser um dos suspeitos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, foi morto neste domingo 09 pela polícia baiana. As informações são da Secretaria de Segurança Pública do estado.

Segundo nota divulgada pela SSP, o miliciano carioca, apontado como um dos líderes do “Escritório do Crime” no Rio de Janeiro, localizava-se escondido na cidade de Esplanada e estava sendo monitorado por equipes de inteligência da polícia. No momento da prisão, porém, a SSP alega que houve troca de tiros.

“No momento do cumprimento do mandado de prisão ele resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido. Ele chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Com o foragido foi encontrada uma pistola austríaca calibre 9mm. Vasculhando outros cantos da casa os policiais encontraram mais três armas.”, diz a SSP.

De acordo com o divulgado, estavam presentes equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte, do Grupamento Aéreo (Graer) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública.

Recentemente, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, deixou o nome de Nóbrega de fora da lista de criminosos mais procurados do País. A polícia baiana divulgou que procura sempre “apoiar as polícias dos outros estados”, e que decidiu priorizar o caso por ser de “relevância nacional”. “Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando”, comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Adriano da Nóbrega também era ligado à família Bolsonaro por meio do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), segundo aponta o Ministério Público do Rio de Janeiro.

De acordo com investigações, o ex-PM controlava contas bancárias que foram usadas para abastecer Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, suposto operador do esquema no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro. A prática é conhecida como “rachadinha”.

Sua mãe, Raimunda Veras Magalhães, foi lotada no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual. Ela aparece no relatório do Coaf como uma das remetentes dos depósitos para Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flávio.

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