Política
Bolsonaro anuncia que deixará o PSL para criar novo partido
Para a criação do partido ‘Aliança pelo Brasil’, Bolsonaro precisa reunir pelo menos 500 mil assinaturas
O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta terça-feira 12, a sua saída oficial do PSL e a criação de uma nova legenda, o “Aliança pelo Brasil”.
Para conseguir criá-la, Bolsonaro precisará reunir cerca de 500 mil assinaturas, uma exigência do Tribunal Superior Eleitoral. Enquanto isso não acontece, o presidente ficará sem partido. Essa será a nona troca de partido por parte de Bolsonaro.
Quem confirmou as especulações acerca da criação do novo partido foi o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que se colocou como um dos políticos que pretende mudar de sigla – apesar disso só acontecer quando o novo partido for oficialmente criado. Outros parlamentares, como Bia Kicis (PSL-DF) também comentaram o anúncio, que foi feito após uma reunião de Bolsonaro com aliados no Palácio do Planalto.
O partido do presidente @jairbolsonaro , Aliança pelo Brasil (APB), terá desde sua criação o sistema de compliance on-time e on-line, Transparência de 100%. Precisamos de você, patriota, nesta corrida para mudarmos nossa história política. Este cara vai mudar o Brasil! #APB
— Daniel Silveira (@danielPMERJ) November 12, 2019
Com a saída de Bolsonaro do PSL, termina, assim, uma disputa de meses entre o capitão e o presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar, que fez a bancada rachar ao meio.
A legislação eleitoral proíbe que um parlamentar deixe seu partido por entender que o mandato pertence à legenda. Mas existe uma brecha na lei que autoriza essa troca se o partido escolhido for recém-criado.
O PSL hoje é a segunda maior legenda do congresso, perdendo apenas para o PT. A sigla, que foi criada em 1994, sempre foi uma legenda nanica até a entrada de Bolsonaro.
Com a popularidade do presidente, o PSL elegeu deputados, senadores e três governadores (Rondônia, Roraima e Santa Catarina). Com essa quebra, o presidente perde apoio no Congresso e o acesso ao fundo eleitoral, que pode chegar a 1 bilhão de reais até 2022.
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