Política

Lula em São Bernardo: Moro é canalha e Dallagnol montou quadrilha

Ex-presidente foi solto após STF adotar posição contrária à prisão em 2ª instância

O ex-presidente Lula, durante discurso em São Bernardo do Campo (SP). Foto: Reprodução/TVT
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Em discurso em São Bernardo do Campo (SP), neste sábado 9, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o ministro da Justiça, Sergio Moro, é um “canalha” e que o procurador Deltan Dallagnol “montou uma quadrilha” na Operação Lava Jato.

O petista foi solto na sexta-feira 8, um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) adotar posição contrária à prisão-pena após condenação em 2ª instância. No ato em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula afirmou que não foi para outro país antes de ser preso para “provar” que seus acusadores mentiram.

“Eu poderia ter ido a uma embaixada ou a outro país, mas eu tomei a decisão de ir à Polícia Federal porque eu precisava provar que o juiz [Sergio Moro] não era juiz, era um canalha que estava me julgando. Eu preciso provar que o [Deltan] Dallagnol não representa o Ministério Público, que é uma instituição séria. O Dallagnol montou uma quadrilha com a força-tarefa da Lava Jato, inclusive para roubar dinheiro da Petrobras e das empreiteiras. E os delegados que fizeram inquérito contra mim mentiram em cada palavra que escreveram”, afirmou.

O ex-presidente afirmou ainda que, se fosse para outro país, “seria tratado como fugitivo. “Tenho mais de dez processos, é uma mentira atrás da outra”, afirmou.

Ele reforçou, em discurso, o teor do pedido de habeas corpus que acusa Moro de suspeição no julgamento.

“Só tem uma explicação para o que o Moro fez. Foi para me tirar da disputa eleitoral”, afirmou. “Se a gente souber trabalhar, em 2022 a chamada esquerda que o Bolsonaro tem medo vai derrotar a ultradireita.”

 

Lula esteve preso por 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), por determinação do então juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro, no processo do tríplex do Guarujá (SP). Hoje ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Moro foi responsável pela condenação do petista em 1ª instância, em julho de 2017. No mesmo processo, Lula foi condenado em 2ª instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em janeiro de 2018. Após a decisão do TRF-4, Moro determinou a prisão do ex-presidente.

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