Política

Datafolha: Haddad abre 17 pontos sobre Serra

Sentimento de mudança e alta rejeição sobe tucano e gestão Kassab ajudam a explicar os resultados

Os candidatos Fernando Haddad e José Serra em debate na Band
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O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, abriu 17 pontos em relação ao tucano José Serra na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira 19.

O levantamento, publicado a dez dias da votação, não captou os efeitos do primeiro debate entre os candidatos neste segundo turno, realizado na véspera pela TV Bandeirantes. (leia sobre o debate clicando )

Na pesquisa, Haddad aparece com 49% das intenções de voto contra 32% de Serra. A ampliação da vantagem não foi acompanhada por um crescimento significativo do petista. Ele oscilou dois pontos para cima (tinha 47% na última pesquisa), enquanto tucano caiu cinco (de 37% para 32%).

A soma dos votos brancos e nulos chega a 10% dos eleitores. Apenas 9% dizem não saber em quem votar no próximo dia 28.

Quando são levados em conta apenas os votos válidos, o petista soma 60% e Serra, 40%.

Parte do resultado pode ser explicada pela alta rejeição ao candidato tucano captada pelo instituto, que aumentou dez pontos percentuais em relação ao último levantamento: de 42% para 52%. Isso significa que mais de metade do eleitorado, o suficiente para decidir a eleição, se nega a votar no ex-prefeito. O dado é coletado num momento em que Serra elevou o tom dos ataques ao adversário, ligando-o ao julgamento do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal e trazendo ao debate o polêmico kit anti-homofobia produzido pelo Ministério da Educação durante a gestão Haddad. Em entrevistas, Serra chegou a afirmar que o material, que jamais foi distribuído, incentivava a prática do bissexualismo nas escolas (leia mais ).

Segundo a Folha de S.Paulo, desde 1992 só dois candidatos a prefeito de São Paulo chegaram ao final da disputa com um índice superior a 52% de rejeição: Paulo Maluf (PP), rejeitado por 59% em 2008, e Fernando Collor (PRTB), que alcançou 62% em 2000.

Outro fator para a queda de Serra é a alta rejeição sobre Gilberto Kassab (PSD), sucessor do tucano na prefeitura. De acordo com o instituto, apenas 19% aprovam a gestão. Outros 37% dizem que a gestão é regular, enquanto 42% veem a administração como ruim ou péssima.

A nota média de Kassab entre os eleitores é de 4,4.

No levantamento, 88% dizem esperar mudanças do próximo prefeito em relação a Kassab, o que reforça o favoritismo de Haddad a essa altura da disputa.

A pesquisa confirmou também que Haddad se tornou, nesta etapa da disputa, o herdeiro natural dos votos recebidos por Celso Russomanno (PRB) e Gabriel Chalita (PMDB) no primeiro turno.

Entre os eleitores de Russomanno, que obteve 21,6% dos votos e declarou neutralidade no segundo turno, o petista é o favorito de 53%. Neste grupo, apenas 20% manifestaram a intenção de votar em Serra. Haddad tem o apoio de 50% (contra 26% de Serra) dos eleitores de Chalita, que teve 13,6% dos votos no primeiro turno e agora apóia oficialmente o petista.

O instituto ouviu 2.098 eleitores entre os dias 17 e 18 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, abriu 17 pontos em relação ao tucano José Serra na pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira 19.

O levantamento, publicado a dez dias da votação, não captou os efeitos do primeiro debate entre os candidatos neste segundo turno, realizado na véspera pela TV Bandeirantes. (leia sobre o debate clicando )

Na pesquisa, Haddad aparece com 49% das intenções de voto contra 32% de Serra. A ampliação da vantagem não foi acompanhada por um crescimento significativo do petista. Ele oscilou dois pontos para cima (tinha 47% na última pesquisa), enquanto tucano caiu cinco (de 37% para 32%).

A soma dos votos brancos e nulos chega a 10% dos eleitores. Apenas 9% dizem não saber em quem votar no próximo dia 28.

Quando são levados em conta apenas os votos válidos, o petista soma 60% e Serra, 40%.

Parte do resultado pode ser explicada pela alta rejeição ao candidato tucano captada pelo instituto, que aumentou dez pontos percentuais em relação ao último levantamento: de 42% para 52%. Isso significa que mais de metade do eleitorado, o suficiente para decidir a eleição, se nega a votar no ex-prefeito. O dado é coletado num momento em que Serra elevou o tom dos ataques ao adversário, ligando-o ao julgamento do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal e trazendo ao debate o polêmico kit anti-homofobia produzido pelo Ministério da Educação durante a gestão Haddad. Em entrevistas, Serra chegou a afirmar que o material, que jamais foi distribuído, incentivava a prática do bissexualismo nas escolas (leia mais ).

Segundo a Folha de S.Paulo, desde 1992 só dois candidatos a prefeito de São Paulo chegaram ao final da disputa com um índice superior a 52% de rejeição: Paulo Maluf (PP), rejeitado por 59% em 2008, e Fernando Collor (PRTB), que alcançou 62% em 2000.

Outro fator para a queda de Serra é a alta rejeição sobre Gilberto Kassab (PSD), sucessor do tucano na prefeitura. De acordo com o instituto, apenas 19% aprovam a gestão. Outros 37% dizem que a gestão é regular, enquanto 42% veem a administração como ruim ou péssima.

A nota média de Kassab entre os eleitores é de 4,4.

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