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Embate entre potências e grupo de mais de cem países trava tratado sobre comércio de armas

Grupo que representa 103 países afirma que o último rascunho do tratado representa um “passo atrás” para regular a atividade que movimenta 80 bilhões de dólares ao ano

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NOVA YORK (AFP) – Mais de cem países se queixaram na ONU, nesta segunda-feira 25, de que as conversas sobre um tratado de comércio de armas convencionais andaram “para trás” em comparação com um compromisso anterior para regular a atividade que movimenta 80 bilhões de dólares anualmente.

As principais potências do Ocidente, que expressaram confiança de que se alcance um acordo, receberam fortes críticas ao tratado, enquanto os diálogos na sede das Nações Unidas entram na reta final.

Um grupo que representa 103 países criticou o último rascunho do acordo, ao qual qualificou de um passo atrás.

 

 

Uma declaração deste grupo, lida pelo representante de Gana durante as negociações, sustentou que há “lacunas” demais no tratado proposto, argumentando que não é suficientemente duro na questão das munições e questionou a definição utilizada para armas pequenas e luminosas.

“Alguns aspectos centrais” do último rascunho do acordo “não atenderam a nossas expectativas e alguns parecem ser um passo atrás desde a linguagem anterior”, destacou a declaração de 103 países de todos os continentes.

Embora “haja algumas melhorias nele, ainda estamos preocupados com a aparente falta de evolução no que diz respeito a alguns assuntos e pela evolução de outros na direção errada”, disse o vice-chanceler do México, Juan Manuel Gómez Robledo, ao ler uma declaração de 11 países latino-americanos.

As conversações sobre um Tratado de Comércio de Armas começaram em 18 de janeiro e devem finalizar nesta terça-feira.

No começo, o objetivo foi montar um tratado sobre armas pequenas, tanques, navios de guerra, aviões de combate, munições e lançadores de mísseis.

Qualquer acordo deve ser alcançado por consenso e a conferência carrega o fracasso da última tentativa, em julho, quando Estados Unidos e outros países pediram mais tempo para considerar o texto.

As principais potências ocidentais – Estados Unidos, Rússia, França, Alemanha, Grã-Bretanha – e China, que são os maiores fabricantes de armas do mundo, buscam um acordo que não ameace suas indústrias de armamentos e seus interesses, afirmam observadores diplomáticos.

 

 

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