Sociedade
Classes média e alta preferem transporte privado ao público, segundo Ipea
Ao contrário do que ocorre na Europa, apenas as classes mais baixas enxergam o transporte público como opção viável de locomoção
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, ao contrário do que ocorre nos países europeus, as classes média e alta no Brasil não enxergam o transporte público como uma opção viável de locomoção.
A pesquisa, que foi realizada em 55.970 domicílios em todo o País durante 2009, mostra que aproximadamente 15% da renda das famílias brasileiras é destinada apenas ao transporte urbano e que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais com transporte privado do que com transporte público.
O gasto elevado com transporte privado indica, na prática, que o transporte público está perdendo espaço, principalmente, para automóveis e bicicletas.
Segundo o instituto, no período entre 2003 e 2009, ao mesmo tempo em que a renda e o poder aquisitivo do brasileiro aumentou, as tarifas de transporte público encareceram em termos reais e a insatisfação dos usuários também cresceu. Por outro lado, houve um barateamento do transporte privado, motivado principalmente por pacotes de incentivo do governo federal à indústria automobilística e por reduções no preço da gasolina.
Sob este cenário, as famílias de renda média preferem adquirir veículos privados do que usufruir dos serviços públicos.
De acordo com o estudo, o gasto das famílias com transporte público sobe até um determinado nível de renda, mas cai acentuadamente em estratos mais altos. Ou seja, quanto maior o poder aquisitivo, menor o interesse em formas coletivas de se locomover pela cidade.
Além disso, segundo o relatório, o avanço dos gastos das famílias com transporte privado – geralmente relacionados à aquisição de um carro – está ancorado principalmente nas famílias de menor poder aquisitivo.
O estudo destaca que a valorização do transporte privado pela população e pelos gestores municipais ‘provoca a intensificação do uso do transporte individual com todos os impactos que isso representa, como congestionamentos, poluição urbana e acidentes de trânsito’.
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, ao contrário do que ocorre nos países europeus, as classes média e alta no Brasil não enxergam o transporte público como uma opção viável de locomoção.
A pesquisa, que foi realizada em 55.970 domicílios em todo o País durante 2009, mostra que aproximadamente 15% da renda das famílias brasileiras é destinada apenas ao transporte urbano e que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais com transporte privado do que com transporte público.
O gasto elevado com transporte privado indica, na prática, que o transporte público está perdendo espaço, principalmente, para automóveis e bicicletas.
Segundo o instituto, no período entre 2003 e 2009, ao mesmo tempo em que a renda e o poder aquisitivo do brasileiro aumentou, as tarifas de transporte público encareceram em termos reais e a insatisfação dos usuários também cresceu. Por outro lado, houve um barateamento do transporte privado, motivado principalmente por pacotes de incentivo do governo federal à indústria automobilística e por reduções no preço da gasolina.
Sob este cenário, as famílias de renda média preferem adquirir veículos privados do que usufruir dos serviços públicos.
De acordo com o estudo, o gasto das famílias com transporte público sobe até um determinado nível de renda, mas cai acentuadamente em estratos mais altos. Ou seja, quanto maior o poder aquisitivo, menor o interesse em formas coletivas de se locomover pela cidade.
Além disso, segundo o relatório, o avanço dos gastos das famílias com transporte privado – geralmente relacionados à aquisição de um carro – está ancorado principalmente nas famílias de menor poder aquisitivo.
O estudo destaca que a valorização do transporte privado pela população e pelos gestores municipais ‘provoca a intensificação do uso do transporte individual com todos os impactos que isso representa, como congestionamentos, poluição urbana e acidentes de trânsito’.
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