CartaCapital

Ausências no G20 não enfraquecem o encontro, diz Lula

Lula defendeu a soberania do Brasil em temas como minerais críticos e inteligência artificial

Ausências no G20 não enfraquecem o encontro, diz Lula
Ausências no G20 não enfraquecem o encontro, diz Lula
O presidente Lula na COP30. Foto: Pablo Porciuncula/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) disse na manhã deste domingo 23, em coletiva de imprensa durante a realização do G20, em Joanesburgo, na África do Sul, que a ausência dos presidentes dos Estados Unidos e da China não enfraquece o encontro.

O presidente brasileiro destacou ainda que a China levou uma representação de alto escalão e que Donald Trump vem dando demonstrações há algum tempo de que é contrário ao multilateralismo.

“Ele já se afastou da Unesco, da Organização Mundial do Comércio, ele está tentando colocar em prática o fim do multilateralismo”, disse Lula. O presidente comentou que não é a primeira vez que o encontro do grupo tem ausências e que o G20 continua “fortalecido”.

Lula defendeu a soberania do Brasil em temas como minerais críticos e inteligência artificial.  “Os países com grande concentração de reservas de minerais não podem ser vistos como meros fornecedores, enquanto seguem à margem da inovação tecnológica. O que está em jogo não é só quem detém esses recursos, mas quem controla o conhecimento e o valor agregado que deles derivam”, comentou o presidente.

Disse também que a inteligência artificial é um “caminho sem volta” e uma “oportunidade” para um futuro com mais igualdade. O presidente pediu urgência para que as maiores economias do mundo aprofundem o debate sobre a governança da IA.

Após o G20, Lula irá para Moçambique para uma visita bilateral com o objetivo de estabelecer alguns acordos com o país. De lá, volta para o Brasil, onde pretende permanecer até o dia 20 de dezembro, quando deverá fazer uma viagem para assinar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A próxima visita internacional será no primeiro semestre de 2026, na Índia, para fortalecer o comércio entre os países.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo