Economia

BRB aposta alto e busca salto nacional com a aquisição do Master

A operação, avaliada em 2 bilhões de reais, depende de um aval do Banco Central e do Cade

BRB aposta alto e busca salto nacional com a aquisição do Master
BRB aposta alto e busca salto nacional com a aquisição do Master
Foto: Divulgação
Apoie Siga-nos no

Em um movimento tectônico no setor bancário, o Banco de Brasília anunciou na noite de sexta-feira 29 a aquisição de 58% do capital total do Banco Master, em uma operação avaliada em 2 bilhões de reais. O negócio inclui 49% das ações ordinárias — com direito a voto — e 100% das preferenciais.

A marca BRB será mantida como bandeira única da operação, mas a governança incorporará a chefia do Master. Daniel Vorcaro, presidente do banco adquirido, assume uma cadeira no conselho de administração.

Caso aprovada pelo Banco Central e o Cade, a transação deve reposicionar o BRB entre os principais bancos do mercado brasileiro. Hoje na 23ª colocação no ranking nacional de ativos totais, segundo projeção do Valor Econômico, o banco público deve avançar ao 17º posto.

Com a incorporação, o BRB mira segmentos como crédito consignado, câmbio, mercado de capitais, serviços corporativos e banco digital, sem abrir mão da atuação usual no varejo, crédito imobiliário, crédito rural e seguros.

A reação de certas alas do mercado ao anúncio teve doses de ceticismo. Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, busca conter inquietações. Em entrevista ao Estadão, afirmou que a diligência foi iniciada ainda em meados de 2024, quando o BRB começou a adquirir carteiras do Master. “Vimos uma complementaridade bastante grande. O Master é forte naquilo que o BRB não conseguia crescer.”

O recorte do negócio reforça a tese: ativos como carteiras de precatórios, direitos creditórios e fundos de ações ficaram fora da transação.

O governo do Distrito Federal, controlador do BRB, comemora a movimentação. A expectativa é que a distribuição de dividendos, hoje na casa dos 200 milhões de reais, possa alcançar 1 bilhão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo