Tecnologia

Visões de um drama

O serviço Street View, do Google, permite ao internauta observar as áreas do Japão arrasadas pelo tsunami em 2011

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Quilômetros e quilômetros de terra arrasada. É esse o panorama que o Google oferece das áreas afetadas pelo tsunami no Japão em março de 2011. As imagens das ruas, oferecidas pelo Street View, foram capturadas por equipes de fotógrafos desde julho. Eles saíram dirigindo pelas províncias mais arrasadas pelas ondas e rodaram mais de 40 mil quilômetros. O resultado do trabalho, que durou seis meses, foi disponibilizado pela empresa no endereço http://www.miraikioku.com/streetview/en/.

“Um passeio virtual pelo Street View ilustra profundamente o quanto esses desastres naturais transformaram as comunidades costeiras. Se começamos no interior e vamos em direção ao litoral, a mudança entre o cenário idílico e as montanhas de entulho próximas à costa é dramática. Nas cidades, prédios que -antes se erguiam impávidos agora são espaços vazios”, escreveu Kei Kawai, um dos gerentes seniores do Street View, num texto explicativo no site do projeto.

A ideia do Google é enviar as equipes de volta às áreas afetadas periodicamente para que seja criado um arquivo digital da destruição e também do processo gradual de reconstrução. Todas as imagens possuem datas no canto inferior direito para que os que visitam o site saibam exatamente quando foram fotografadas.

“No caso das imagens do Japão pós-tsunami, esperamos que esse projeto de arquivamento digital seja útil para pesquisadores e cientistas que estudam os efeitos dos desastres naturais. Ver as imagens das áreas afetadas também coloca o drama dessas comunidades em perspectiva e assegura que as memórias do desastre continuem relevantes e tangíveis para futuras gerações”, completou Kawai.

De volta ao assunto da pirataria digital, abordado na edição passada, o site TorrentFreak (http://torrentfreak.com/) fez um experimento interessante com base no site YouHaveDownloaded (http://www.youhavedownloaded.com/). Ele é um site russo que faz um índice dos tor–rents mais baixados pela internet e -revela quais endereços de IP “traficaram” aquele conteúdo específico. O resultado do experimento é que os próprios estúdios que tacham os usuários de internet de piratas são eles mesmos piratas. Os funcionários dos estúdios baixaram filmes, seriados de tevê, CDs inteiros e músicas de gosto duvidoso.

O primeiro exemplo dado pelo TorrentFreak é o estúdio Sony Pictures Entertainment, responsável por filmes como Millennium – Os homens que não amavam as mulheres ou O Homem Que Mudou o Jogo. Os empregados do estúdio baixaram conteúdos como o remake de Conan, o Bárbaro, CDs de dance music e até um episódio antigo de Beavis & Butthead.

Um estúdio vizinho, a Fox, baixou o filme Super 8. O TorrentFreak oferece uma plausível explicação, que seria a de pesquisa de mercado, mas um estúdio como esse certamente conseguiria pagar um DVD legítimo.

Será que algum gerente em algum desses estúdios ligou para alguma autoridade para denunciar a pirataria cometida pelos seus funcionários? É improvável. Certamente não demonstram o mesmo trato a quem compra seus produtos e que deveria ser tratado, antes de pirata, como consumidor.

Quilômetros e quilômetros de terra arrasada. É esse o panorama que o Google oferece das áreas afetadas pelo tsunami no Japão em março de 2011. As imagens das ruas, oferecidas pelo Street View, foram capturadas por equipes de fotógrafos desde julho. Eles saíram dirigindo pelas províncias mais arrasadas pelas ondas e rodaram mais de 40 mil quilômetros. O resultado do trabalho, que durou seis meses, foi disponibilizado pela empresa no endereço http://www.miraikioku.com/streetview/en/.

“Um passeio virtual pelo Street View ilustra profundamente o quanto esses desastres naturais transformaram as comunidades costeiras. Se começamos no interior e vamos em direção ao litoral, a mudança entre o cenário idílico e as montanhas de entulho próximas à costa é dramática. Nas cidades, prédios que -antes se erguiam impávidos agora são espaços vazios”, escreveu Kei Kawai, um dos gerentes seniores do Street View, num texto explicativo no site do projeto.

A ideia do Google é enviar as equipes de volta às áreas afetadas periodicamente para que seja criado um arquivo digital da destruição e também do processo gradual de reconstrução. Todas as imagens possuem datas no canto inferior direito para que os que visitam o site saibam exatamente quando foram fotografadas.

“No caso das imagens do Japão pós-tsunami, esperamos que esse projeto de arquivamento digital seja útil para pesquisadores e cientistas que estudam os efeitos dos desastres naturais. Ver as imagens das áreas afetadas também coloca o drama dessas comunidades em perspectiva e assegura que as memórias do desastre continuem relevantes e tangíveis para futuras gerações”, completou Kawai.

De volta ao assunto da pirataria digital, abordado na edição passada, o site TorrentFreak (http://torrentfreak.com/) fez um experimento interessante com base no site YouHaveDownloaded (http://www.youhavedownloaded.com/). Ele é um site russo que faz um índice dos tor–rents mais baixados pela internet e -revela quais endereços de IP “traficaram” aquele conteúdo específico. O resultado do experimento é que os próprios estúdios que tacham os usuários de internet de piratas são eles mesmos piratas. Os funcionários dos estúdios baixaram filmes, seriados de tevê, CDs inteiros e músicas de gosto duvidoso.

O primeiro exemplo dado pelo TorrentFreak é o estúdio Sony Pictures Entertainment, responsável por filmes como Millennium – Os homens que não amavam as mulheres ou O Homem Que Mudou o Jogo. Os empregados do estúdio baixaram conteúdos como o remake de Conan, o Bárbaro, CDs de dance music e até um episódio antigo de Beavis & Butthead.

Um estúdio vizinho, a Fox, baixou o filme Super 8. O TorrentFreak oferece uma plausível explicação, que seria a de pesquisa de mercado, mas um estúdio como esse certamente conseguiria pagar um DVD legítimo.

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