Tecnologia

Marchiori, inventor do Google?

Matemático italiano afirma ter criado o algoritmo que permitiu desenvolver o buscador mais popular do planeta

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“Eu tive uma ideia que poderia melhorar a vida das pessoas. O Google pegou a ideia, fez dela um projeto industrial e a levou para os computadores do mundo todo. Milhões de pessoas hoje podem usá-la, gratuitamente. Como é que eu poderia estar bravo com o Google? Ou infeliz?”

É assim que Massimo Marchiori, um matemático italiano da Universidade de Pádua, descreve para o jornal Il Sole 24 Ore a ideia de apresentar numa conferência na Califórnia, em 1996, um algoritmo que permitiu o desenvolvimento de uma ferramenta de buscas chamada Hyper Search. Inspirados em Marchiori, Sergey Brin e Larry Page fundaram o Google, em 1998. E ofereceram a ele um emprego.

O matemático esperou 15 anos para voltar ao mundo das buscas. No dia 6 de fevereiro, apresentou o Volunia, uma ferramenta de buscas descrita como “de terceira geração”. A principal vantagem do Volunia, recebido pela imprensa italiana como a resposta do país ao Google, é mudar o modo como as pessoas interagem com os resultados de suas buscas.

Os links apresentados pelo Volunia, além de mostrar o conteúdo, indicam também quem está na página naquele momento. “A web é um lugar vivo. Existem informações, mas também pessoas. A dimensão social, já presente, precisa só emergir”, explica Marchiori.

Um dos modos de o Volunia mostrar os resultados lembra muito os mapas de jogos de estratégia. As áreas de um site e sites semelhantes são agrupados em casas, mostrados como uma vizinhança. Em um segundo modo, o site é esquematizado por meio de pastas, como as de arquivos de computadores. Não é esteticamente agradável, mas faz muito sentido para quem realiza buscas em um telefone de tela sensível ao toque. As pastas são mais fáceis de ser selecionadas do que os links pequenos.

Mas a inovação fica mesmo pelo lado social do resultado das buscas. À esquerda de cada resultado, o -Volunia mostra quantos usuários estão naquela página específica, organizando os resultados. Isso pode levar a buscas mais confiáveis, com uma edição humana do que um computador julga ser a resposta mais adequada.

Escolhido o resultado desejado, o usuário pode interagir em tempo real com outras pessoas que estejam naquela mesma página. Podem, por exemplo, comentar o produto citado na página antes de finalizar a compra ou discutir se o conteúdo é ou não confiável. É uma função que pode ser desligada pelos que não querem uma experiência tão “social” assim, digamos, mas não deixa de ser inovadora.

Marchiori garante que os usuários não serão rastreados. “Não recolheremos dados de navegação nem faremos dossiês para perfilar os usuários. É um empenho formal, parte da nossa estratégia como empresa. Para cada fase de desenvolvimento, nos colocamos na pele de quem usa a ferramenta para garantir a privacidade.”

Até agora, 100 mil usuários testaram o Volunia em versão beta – e todo internauta pode se registrar para usar sua ferramenta de buscas. Segundo o inventor italiano, entre os que testaram o Volunia estão engenheiros do Google. “Existe muita curiosidade por lá”, resume.

“Eu tive uma ideia que poderia melhorar a vida das pessoas. O Google pegou a ideia, fez dela um projeto industrial e a levou para os computadores do mundo todo. Milhões de pessoas hoje podem usá-la, gratuitamente. Como é que eu poderia estar bravo com o Google? Ou infeliz?”

É assim que Massimo Marchiori, um matemático italiano da Universidade de Pádua, descreve para o jornal Il Sole 24 Ore a ideia de apresentar numa conferência na Califórnia, em 1996, um algoritmo que permitiu o desenvolvimento de uma ferramenta de buscas chamada Hyper Search. Inspirados em Marchiori, Sergey Brin e Larry Page fundaram o Google, em 1998. E ofereceram a ele um emprego.

O matemático esperou 15 anos para voltar ao mundo das buscas. No dia 6 de fevereiro, apresentou o Volunia, uma ferramenta de buscas descrita como “de terceira geração”. A principal vantagem do Volunia, recebido pela imprensa italiana como a resposta do país ao Google, é mudar o modo como as pessoas interagem com os resultados de suas buscas.

Os links apresentados pelo Volunia, além de mostrar o conteúdo, indicam também quem está na página naquele momento. “A web é um lugar vivo. Existem informações, mas também pessoas. A dimensão social, já presente, precisa só emergir”, explica Marchiori.

Um dos modos de o Volunia mostrar os resultados lembra muito os mapas de jogos de estratégia. As áreas de um site e sites semelhantes são agrupados em casas, mostrados como uma vizinhança. Em um segundo modo, o site é esquematizado por meio de pastas, como as de arquivos de computadores. Não é esteticamente agradável, mas faz muito sentido para quem realiza buscas em um telefone de tela sensível ao toque. As pastas são mais fáceis de ser selecionadas do que os links pequenos.

Mas a inovação fica mesmo pelo lado social do resultado das buscas. À esquerda de cada resultado, o -Volunia mostra quantos usuários estão naquela página específica, organizando os resultados. Isso pode levar a buscas mais confiáveis, com uma edição humana do que um computador julga ser a resposta mais adequada.

Escolhido o resultado desejado, o usuário pode interagir em tempo real com outras pessoas que estejam naquela mesma página. Podem, por exemplo, comentar o produto citado na página antes de finalizar a compra ou discutir se o conteúdo é ou não confiável. É uma função que pode ser desligada pelos que não querem uma experiência tão “social” assim, digamos, mas não deixa de ser inovadora.

Marchiori garante que os usuários não serão rastreados. “Não recolheremos dados de navegação nem faremos dossiês para perfilar os usuários. É um empenho formal, parte da nossa estratégia como empresa. Para cada fase de desenvolvimento, nos colocamos na pele de quem usa a ferramenta para garantir a privacidade.”

Até agora, 100 mil usuários testaram o Volunia em versão beta – e todo internauta pode se registrar para usar sua ferramenta de buscas. Segundo o inventor italiano, entre os que testaram o Volunia estão engenheiros do Google. “Existe muita curiosidade por lá”, resume.

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