Sociedade

Morre aos 88 anos o jornalista, chargista e escritor Millôr Fernandes

Jornalista, escritor, dramaturgo, tradutor e chargista, foi um dos principais nomes da imprensa brasileira do século XX

Morre aos 88 anos o jornalista, chargista e escritor Millôr Fernandes
Morre aos 88 anos o jornalista, chargista e escritor Millôr Fernandes
Millôr Fernandes em 2006. Jornalista, escritor, dramaturgo, tradutor e chargista, foi um dos principais nomes da imprensa brasileira do século XX. Foto: Ricardo Moraes/Folhapress
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Morreu na noite da terça-feira 27 o escritor, jornalista, chargista, tradutor e dramaturgo carioca Millôr Fernandes, vítima de falência múltipla dos orgãos. Ele tinha 88 anos. Ele estava em sua casa em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

Milton Fernandes – posteriormente adotaria o apelido “Millôr” – foi um dos grandes nomes da imprensa carioca e brasileira do século XX. Começou a trabalhar aos 14 anos como contínuo na revista “O Cruzeiro”, a mais importante da primeira metade dos anos 1900. Posteriormente passou a trabalhar na revista “A Cigarra”, , sob o pseudônimo de Vão Gogo. Colaborava com publicações de histórias em quadrinhos.

Autoditada, passou a traduzir, nos anos 1940, livros do inglês. Retornaria à revista “O Cruzeiro”, desta vez como jornalista. Millôr passou também a trabalhar profissionalmente com caricaturas, que fizeram parte de sua marca até o fim da vida.

Nos anos 1960 escreveu sua primeira peça teatral: “Flavia, cabeça, tronco e membros”, e nos anos seguintes apresentaria o “Jornal da Vanguarda” na tevê Record, ao lado de Stanislaw Ponte Preta. A partir de 1968 passou a colaborar com a revista Veja, sob a direção de Mino Carta. Um ano depois, passou a ser, ao lado de Ziraldo, Jaguar e Fausto Wolff, um dos nomes que fizeram a fama do jornal O Pasquim, bastião do combate à ditadura.

Nos anos seguintes, tornou-se o principal tradutor de Shakespeare no Brasil. Destacou-se pela crônica em revistas e por uma vasta produção teatral. Entre suas obras no teatro se destacam Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país  (1962), Pigmaleoa (1965) e Os orfãos de Jânio (1979). Escreveu também em prosa, onde se destacam Todo homem é minha caça (1981), Humor nos tempos do Collor (com Luiz Fernando Veríssimo e Jô Soares, 1992).

Millôr Fernandes sofreu um AVC em fevereiro de 2011. Deixa dois filhos, Ivan e Paula, e um neto.

Em nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff declarou: “o Brasil e toda a nossa geração perdem uma referência intelectual.”

Morreu na noite da terça-feira 27 o escritor, jornalista, chargista, tradutor e dramaturgo carioca Millôr Fernandes, vítima de falência múltipla dos orgãos. Ele tinha 88 anos. Ele estava em sua casa em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

Milton Fernandes – posteriormente adotaria o apelido “Millôr” – foi um dos grandes nomes da imprensa carioca e brasileira do século XX. Começou a trabalhar aos 14 anos como contínuo na revista “O Cruzeiro”, a mais importante da primeira metade dos anos 1900. Posteriormente passou a trabalhar na revista “A Cigarra”, , sob o pseudônimo de Vão Gogo. Colaborava com publicações de histórias em quadrinhos.

Autoditada, passou a traduzir, nos anos 1940, livros do inglês. Retornaria à revista “O Cruzeiro”, desta vez como jornalista. Millôr passou também a trabalhar profissionalmente com caricaturas, que fizeram parte de sua marca até o fim da vida.

Nos anos 1960 escreveu sua primeira peça teatral: “Flavia, cabeça, tronco e membros”, e nos anos seguintes apresentaria o “Jornal da Vanguarda” na tevê Record, ao lado de Stanislaw Ponte Preta. A partir de 1968 passou a colaborar com a revista Veja, sob a direção de Mino Carta. Um ano depois, passou a ser, ao lado de Ziraldo, Jaguar e Fausto Wolff, um dos nomes que fizeram a fama do jornal O Pasquim, bastião do combate à ditadura.

Nos anos seguintes, tornou-se o principal tradutor de Shakespeare no Brasil. Destacou-se pela crônica em revistas e por uma vasta produção teatral. Entre suas obras no teatro se destacam Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país  (1962), Pigmaleoa (1965) e Os orfãos de Jânio (1979). Escreveu também em prosa, onde se destacam Todo homem é minha caça (1981), Humor nos tempos do Collor (com Luiz Fernando Veríssimo e Jô Soares, 1992).

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