Sociedade

Pela qualidade

Nossa opção em dezoito anos de vida. Atenção: o PS é muito importante

A quinzenal... Contra a oligarquia financeira (21/8/96). E um capítulo do "mensalão tucano" (25/9/98)
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Terça, 11 de setembro de 2012. Onze anos se passaram desde a tragédia das Torres Gêmeas, enredo monstruoso do ódio e da insensatez. Naquele dia distante e sempre vivo, havia três semanas CartaCapital sofrera uma mudança decisiva. Nascida como mensal, tornara-se quinzenal em março de 1996 e enfim semanal no fim de agosto de 2001. Naquele momento entendemos por completo o que de fato significava o rumo recém-tomado.

CartaCapital acaba de completar 18 anos, a serem celebrados na festa marcada para 1º de outubro próximo, juntamente com a tradicional cerimônia destinada à entrega dos troféus das empresas e dos empresários e executivos mais admirados no Brasil. Levamos sete anos para atingir o projeto inicial, a semanal. Neste período, tivemos de vencer a escassez de recursos a me acompanhar faz 36 anos, a partir do dia em que deixei a direção de Veja. Contei com a coragem e os meios, por mais escassos, primeiro da Editora Três de Domingo Alzugaray, depois da Carta Editorial dos meus sobrinhos Andrea e Patricia.

Foram 36 anos intensos de empolgação profissional e de aprendizado diligente, e até humilde, em busca de uma fórmula viá­vel em tempo das nossas vacas magérrimas, sem risco para a prática do jornalismo honesto. No caso de CartaCapital, buscamos produzir uma semanal de qualidade para um público idem. Tratou-se de caminho oposto àquele perseguido, salvo raras exceções, pela mídia nativa, confiante ao apostar na mediocridade da plateia, quando não na ignorância, donde disposta, com inesgotável determinação, a abaixar o nível e obscurecer o cenário. De caso pensado e transbordante vocação para tanto.

Qualidade é indispensável quando o objetivo é respeitar a audiência, na exposição da verdade factual, na fiscalização isenta do poder e na melhor lida com o vernáculo, diariamente aviltado por quem não sabe entender que jornalismo é uma forma importante e desafiadora de literatura. E no exercício do espírito crítico como motivador de vida inteligente. Nada disso resulta na intenção de impor ideias, e sim de estimular o espírito crítico dos próprios leitores na elaboração de opiniões independentes, do pensamento nosso ou de quem quer que seja.

No dia 11 de setembro de 2002, ­CartaCapital já percebia os males que brotariam da tragédia como flores malignas, enquanto a mídia nativa fixava-se no confronto entre civilizações, incapaz de desmascarar a hipocrisia dos poderosos ou conivente com eles. Da mesma forma, ficamos na barricada contra o neoliberalismo dos adoradores do deus mercado, responsável por uma tragédia muito mais imponente do que a derrubada das Torres, de efeitos ainda mais capilares e profundos com a crise global desencadeada pela oligarquia financeira.

Sim, aprendemos a produzir uma semanal de qualidade com uma equipe de poucos efetivos, graças, inclusive, a lições recebidas pelo acima assinado em empregos e estágios na Europa, onde redações bem menores que as nossas dão vida a publicações infinitamente melhores. Contamos, em compensação, com um grupo de colunistas e colaboradores sem par na mídia nativa e não é por acaso que The Economist, provavelmente a semanal mais influente do mundo, nos quis como parceiros no Brasil. Por causa disso, inclusive, descortinamos para os nossos leitores uma visão do mundo única nas nossas latitudes, valorizada também pelos direitos do Observer.





O descaso reservado
aos eventos planetários, a observação provinciana e fragmentária de fatos que envolvem fortemente o País amiúde explica as lacunas dos privilegiados do Brasil. Nós não arredamos pé da convicção de que existe um bom número de brasileiros habilitados a perceber a pobreza dos clichês propostos pela mídia do pensamento único, os preconceitos, a arrogância, a má-fé. E, portanto, cidadãos maduros para figurar na plateia de uma mídia efetivamente pluralista, aberta ao livre debate das ideias.

PS: Para aqueles que insistem em nos acusar de receber vultosas verbas publicitárias do governo federal para defendê-lo recomendamos a leitura dos dados divulgados pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República e publicados pela Folha de S.Paulo. Desde o início do governo Dilma, CartaCapital faturou 118,8 mil reais em anúncios da administração direta. A TV Globo ficou com quase um terço de toda a verba federal: 52 milhões dos 161 milhões de reais. A Editora Abril, incluída a operação na internet, recebeu mais de 1,5 milhão. O Grupo Folha (jornal e internet) ficou com 1,47 milhão.

Terça, 11 de setembro de 2012. Onze anos se passaram desde a tragédia das Torres Gêmeas, enredo monstruoso do ódio e da insensatez. Naquele dia distante e sempre vivo, havia três semanas CartaCapital sofrera uma mudança decisiva. Nascida como mensal, tornara-se quinzenal em março de 1996 e enfim semanal no fim de agosto de 2001. Naquele momento entendemos por completo o que de fato significava o rumo recém-tomado.

CartaCapital acaba de completar 18 anos, a serem celebrados na festa marcada para 1º de outubro próximo, juntamente com a tradicional cerimônia destinada à entrega dos troféus das empresas e dos empresários e executivos mais admirados no Brasil. Levamos sete anos para atingir o projeto inicial, a semanal. Neste período, tivemos de vencer a escassez de recursos a me acompanhar faz 36 anos, a partir do dia em que deixei a direção de Veja. Contei com a coragem e os meios, por mais escassos, primeiro da Editora Três de Domingo Alzugaray, depois da Carta Editorial dos meus sobrinhos Andrea e Patricia.

Foram 36 anos intensos de empolgação profissional e de aprendizado diligente, e até humilde, em busca de uma fórmula viá­vel em tempo das nossas vacas magérrimas, sem risco para a prática do jornalismo honesto. No caso de CartaCapital, buscamos produzir uma semanal de qualidade para um público idem. Tratou-se de caminho oposto àquele perseguido, salvo raras exceções, pela mídia nativa, confiante ao apostar na mediocridade da plateia, quando não na ignorância, donde disposta, com inesgotável determinação, a abaixar o nível e obscurecer o cenário. De caso pensado e transbordante vocação para tanto.

Qualidade é indispensável quando o objetivo é respeitar a audiência, na exposição da verdade factual, na fiscalização isenta do poder e na melhor lida com o vernáculo, diariamente aviltado por quem não sabe entender que jornalismo é uma forma importante e desafiadora de literatura. E no exercício do espírito crítico como motivador de vida inteligente. Nada disso resulta na intenção de impor ideias, e sim de estimular o espírito crítico dos próprios leitores na elaboração de opiniões independentes, do pensamento nosso ou de quem quer que seja.

No dia 11 de setembro de 2002, ­CartaCapital já percebia os males que brotariam da tragédia como flores malignas, enquanto a mídia nativa fixava-se no confronto entre civilizações, incapaz de desmascarar a hipocrisia dos poderosos ou conivente com eles. Da mesma forma, ficamos na barricada contra o neoliberalismo dos adoradores do deus mercado, responsável por uma tragédia muito mais imponente do que a derrubada das Torres, de efeitos ainda mais capilares e profundos com a crise global desencadeada pela oligarquia financeira.

Sim, aprendemos a produzir uma semanal de qualidade com uma equipe de poucos efetivos, graças, inclusive, a lições recebidas pelo acima assinado em empregos e estágios na Europa, onde redações bem menores que as nossas dão vida a publicações infinitamente melhores. Contamos, em compensação, com um grupo de colunistas e colaboradores sem par na mídia nativa e não é por acaso que The Economist, provavelmente a semanal mais influente do mundo, nos quis como parceiros no Brasil. Por causa disso, inclusive, descortinamos para os nossos leitores uma visão do mundo única nas nossas latitudes, valorizada também pelos direitos do Observer.





O descaso reservado
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