Sociedade
ONG protesta contra falta de negros nas passarelas
Ao grito de “Somos um país de negros”, militantes da ONG Educafro protestavam contra a sub-representação negra no universo da moda brasileiro
RIO DE JANEIRO (AFP) – Um protesto contra a ausência de negros nas passarelas brasileiras marcou o primeiro dia da Semana de Moda do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira 7. Reivindicando o direito de participar mais ativamente não apenas do mundo da moda, mas das artes e da cultura em geral, ativistas com os corpos pintados ou vestidos com roupas étnicas chamaram a atenção dos que participavam do evento mais importante da moda carioca e um dos principais da América Latina.
Ao grito de “Somos um país de negros”, os militantes da rede Educafro, organização que busca promover a inclusão da população negra e pobre no Brasil, protestavam pelo fato de o afrodescendente não ter seu espaço preservado em um país onde 51% da população é negra ou mulata.
“Temos uma carência enorme não só de negros, mas também de indígenas, pardos e das minorias como um todo nas artes. Queremos o direito de estar; estar nas universidades, nas passarelas, nos palcos… É muito claro como temos mais dificuldade de entrar no mercado pelo pouco espaço que nos dão”, afirmou Marco Rocha, ator de 26 anos e integrante do grupo, que protesta nas Semanas de Moda do Rio e de São Paulo há sete anos.
Os ativistas lembram ainda que um acordo que previa uma reserva de pelo menos 10% do casting dos desfiles para modelos de origem negra ou indígena, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), não foi respeitado. O pacto foi firmado em 2009 entre o Ministério Público de São Paulo e a Luminosidade, empresa que organiza o Fashion Rio e a São Paulo Fashion Week, mas, segundo a Educafro, não há sinais de que a presença de negros tenha aumentado.
O estudante Renan de Carvalho, de 22 anos, defendeu que a manifestação tem como objetivo cobrar da sociedade melhores oportunidades para os negros. “Queremos levar nossa situação para os olhos de quem quiser e de quem não quiser ver. Não vamos abaixar a cabeça. Nós, brasileiros, somos a segunda maior população negra do mundo, mas não temos nossos direitos garantidos”, criticou.
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RIO DE JANEIRO (AFP) – Um protesto contra a ausência de negros nas passarelas brasileiras marcou o primeiro dia da Semana de Moda do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira 7. Reivindicando o direito de participar mais ativamente não apenas do mundo da moda, mas das artes e da cultura em geral, ativistas com os corpos pintados ou vestidos com roupas étnicas chamaram a atenção dos que participavam do evento mais importante da moda carioca e um dos principais da América Latina.
Ao grito de “Somos um país de negros”, os militantes da rede Educafro, organização que busca promover a inclusão da população negra e pobre no Brasil, protestavam pelo fato de o afrodescendente não ter seu espaço preservado em um país onde 51% da população é negra ou mulata.
“Temos uma carência enorme não só de negros, mas também de indígenas, pardos e das minorias como um todo nas artes. Queremos o direito de estar; estar nas universidades, nas passarelas, nos palcos… É muito claro como temos mais dificuldade de entrar no mercado pelo pouco espaço que nos dão”, afirmou Marco Rocha, ator de 26 anos e integrante do grupo, que protesta nas Semanas de Moda do Rio e de São Paulo há sete anos.
Os ativistas lembram ainda que um acordo que previa uma reserva de pelo menos 10% do casting dos desfiles para modelos de origem negra ou indígena, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), não foi respeitado. O pacto foi firmado em 2009 entre o Ministério Público de São Paulo e a Luminosidade, empresa que organiza o Fashion Rio e a São Paulo Fashion Week, mas, segundo a Educafro, não há sinais de que a presença de negros tenha aumentado.
O estudante Renan de Carvalho, de 22 anos, defendeu que a manifestação tem como objetivo cobrar da sociedade melhores oportunidades para os negros. “Queremos levar nossa situação para os olhos de quem quiser e de quem não quiser ver. Não vamos abaixar a cabeça. Nós, brasileiros, somos a segunda maior população negra do mundo, mas não temos nossos direitos garantidos”, criticou.
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