Política

Onda de greves pressiona governo Dilma

Cerca de 350 mil trabalhadores de 30 setores estão parados em todo o País

Servidores públicos federais em greve fazem ato no Rio de Janeiro nesta quinta-feira 9.
Apoie Siga-nos no

A presidenta Dilma Rousseff enfrenta a maior onda de greves desde que assumiu o governo em janeiro de 2011. Cerca de 350 mil servidores públicos de 30 setores, de professores universitários a policiais, estão parados em todo o país, segundo dados Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal). Os grevistas pedem aumentos e melhores condições de trabalho, que variam em cada uma das categorias.

Em resposta, Dilma disse que a prioridade do governo neste momento é manter a vaga dos trabalhadores que não têm estabilidade no emprego. “Estamos enfrentando uma crise no mundo e o Brasil sabe, porque tem os pés no chão, que pode e vai enfrentar a crise e passar por cima dela, assegurando emprego para todos os brasileiros”, afirmou nesta sexta-feira 10.

A ministra do planejamento Miriam Belchior foi a escalada para a negociação e deve dar uma resposta final aos grevistas na próxima semana. O governo federal prometeu divulgar a agenda de negociação com os grevistas em breve. O Executivo calcula que gastaria 92 bilhões de reais para atender todas as demandas, o que é considerado inviável.

 

Segundo a ministra, o ano começou com boas perspectivas de recuperação da economia mundial, mas elas não se confirmaram e foi preciso o governo refazer as suas contas. “Em maio, junho, essa perspectiva ficou meio nublada e isso fez com que o governo tivesse que refazer suas contas. Preferimos então fazer uma análise detida para formular uma proposta responsável aos servidores. Estamos finalizando esta semana as nossas contas para ver o que podemos apresentar aos servidores”, disse a ministra.

As paralisações geraram um desgaste entre os governos e as centrais aliadas, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Nesta semana, dirigentes da central e a presidenta trataram do assunto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não se manifestou publicamente sobre o assunto.

Greve simultânea

A greve de vários setores ocorre ao mesmo tempo devido à data única para o reajuste de todos os servidores, no final de agosto.

Entre outros setores, policiais rodoviários federais, policiais federais, funcionários de portos e de aeroportos adoram a chamada operação-padrão, ou seja, a execução de um serviço de forma ampliada, gerando lentidão nos serviços. A Polícia Federal só está fazendo emissão de passaportes em casos de emergência. As universidades federais são os que estão com a greve há mais tempo, desde maio deste ano.

Há ainda funcionários em greve no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Funai (Fundação Nacional do Índio), Imprensa Nacional, agências reguladoras, da Receita Federal, do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários e da Controladoria-Geral da União.

 

*Com informações da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff enfrenta a maior onda de greves desde que assumiu o governo em janeiro de 2011. Cerca de 350 mil servidores públicos de 30 setores, de professores universitários a policiais, estão parados em todo o país, segundo dados Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal). Os grevistas pedem aumentos e melhores condições de trabalho, que variam em cada uma das categorias.

Em resposta, Dilma disse que a prioridade do governo neste momento é manter a vaga dos trabalhadores que não têm estabilidade no emprego. “Estamos enfrentando uma crise no mundo e o Brasil sabe, porque tem os pés no chão, que pode e vai enfrentar a crise e passar por cima dela, assegurando emprego para todos os brasileiros”, afirmou nesta sexta-feira 10.

A ministra do planejamento Miriam Belchior foi a escalada para a negociação e deve dar uma resposta final aos grevistas na próxima semana. O governo federal prometeu divulgar a agenda de negociação com os grevistas em breve. O Executivo calcula que gastaria 92 bilhões de reais para atender todas as demandas, o que é considerado inviável.

 

Segundo a ministra, o ano começou com boas perspectivas de recuperação da economia mundial, mas elas não se confirmaram e foi preciso o governo refazer as suas contas. “Em maio, junho, essa perspectiva ficou meio nublada e isso fez com que o governo tivesse que refazer suas contas. Preferimos então fazer uma análise detida para formular uma proposta responsável aos servidores. Estamos finalizando esta semana as nossas contas para ver o que podemos apresentar aos servidores”, disse a ministra.

As paralisações geraram um desgaste entre os governos e as centrais aliadas, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Nesta semana, dirigentes da central e a presidenta trataram do assunto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não se manifestou publicamente sobre o assunto.

Greve simultânea

A greve de vários setores ocorre ao mesmo tempo devido à data única para o reajuste de todos os servidores, no final de agosto.

Entre outros setores, policiais rodoviários federais, policiais federais, funcionários de portos e de aeroportos adoram a chamada operação-padrão, ou seja, a execução de um serviço de forma ampliada, gerando lentidão nos serviços. A Polícia Federal só está fazendo emissão de passaportes em casos de emergência. As universidades federais são os que estão com a greve há mais tempo, desde maio deste ano.

Há ainda funcionários em greve no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Funai (Fundação Nacional do Índio), Imprensa Nacional, agências reguladoras, da Receita Federal, do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários e da Controladoria-Geral da União.

 

*Com informações da Agência Brasil

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo