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Dirigentes da Fifa receberam US$ 15,5 milhões em suborno nos anos 90, aponta relatório europeu

João Havelange e Ricardo Teixeira são os principais suspeitos de terem recebido propina da falida empresa de marketing esportivo; Joseph Blatter provavelmente sabia, diz Conselho da Europa

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Dois executivos top da Fifa receberam, nos anos 1990, 15.5 milhões de dólares da ISL, a falida empresa de marketing esportivo suíça. A informação foi divulgada pelo Conselho da Europa nesta segunda-feira 23. Os nomes desses dirigentes não foram revelados.

A ISL era a empresa que detinha os direitos de transmissão da Copa do Mundo e os negociava em nome da Fifa. Faliu em 2001 em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas.

O recebimento de propinas foi divulgado por François Rochebloine, integrante do Conselho da Europa. As investigações sobre a propina da ISL ao alto escalão da Fifa foram repassadas a Rochebloine pelo juiz suíço Thomas Hildbrand, que investigou o caso na justiça local.

Segundo reportagem da BBC britânica em 2011, os dois dirigentes que receberam a propina são os brasileiros João Havelange, ex-presidente da Fifa, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da  CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ainda segundo a reportagem, Havelange e Teixeira assumiram a culpa em troca do sigilo sobre o caso.

Segundo o Conselho da Europa, é provável que Joseph Blatter tenha total conhecimento do ocorrido. “Uma vez que a Fifa estava ciente de somas significativas pagas a seus oficiais, é difícil imaginar que Sr. Blatter não teria conhecimento sobre isso”, diz o relatório de Rochebloine. E complementa: “O dinheiro pago clandestinamente para alguns dirigentes inescrupuloisos deveria ter sido pago à Fifa”, segundo a Bloomberg Businessweek. A Fifa não se manifestou sobre o caso até o momento.

Segundo a BBC, que teve acesso aos autos do caso na justiça suíça, um dos integrantes que receberam a proprina é sul-americano e conhecido como “H”. Ele teria recebido entre 1992 e 2000 valores superiores a 12,5 milhões de francos suíços. Outro, conhecido como “E”, obteve um pagamento de 1.5 milhão de francos suíços em 1997.

O Conselho da Europa é a cúpula dos países europeus que investiga violação jurídicas de seus integrantes. A Suíça, apesar de não fazer parte da União Europeia, é integrante do Conselho, o que explica o interesse da cúpula no caso da Fifa.

Dois executivos top da Fifa receberam, nos anos 1990, 15.5 milhões de dólares da ISL, a falida empresa de marketing esportivo suíça. A informação foi divulgada pelo Conselho da Europa nesta segunda-feira 23. Os nomes desses dirigentes não foram revelados.

A ISL era a empresa que detinha os direitos de transmissão da Copa do Mundo e os negociava em nome da Fifa. Faliu em 2001 em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas.

O recebimento de propinas foi divulgado por François Rochebloine, integrante do Conselho da Europa. As investigações sobre a propina da ISL ao alto escalão da Fifa foram repassadas a Rochebloine pelo juiz suíço Thomas Hildbrand, que investigou o caso na justiça local.

Segundo reportagem da BBC britânica em 2011, os dois dirigentes que receberam a propina são os brasileiros João Havelange, ex-presidente da Fifa, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da  CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ainda segundo a reportagem, Havelange e Teixeira assumiram a culpa em troca do sigilo sobre o caso.

Segundo o Conselho da Europa, é provável que Joseph Blatter tenha total conhecimento do ocorrido. “Uma vez que a Fifa estava ciente de somas significativas pagas a seus oficiais, é difícil imaginar que Sr. Blatter não teria conhecimento sobre isso”, diz o relatório de Rochebloine. E complementa: “O dinheiro pago clandestinamente para alguns dirigentes inescrupuloisos deveria ter sido pago à Fifa”, segundo a Bloomberg Businessweek. A Fifa não se manifestou sobre o caso até o momento.

Segundo a BBC, que teve acesso aos autos do caso na justiça suíça, um dos integrantes que receberam a proprina é sul-americano e conhecido como “H”. Ele teria recebido entre 1992 e 2000 valores superiores a 12,5 milhões de francos suíços. Outro, conhecido como “E”, obteve um pagamento de 1.5 milhão de francos suíços em 1997.

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