Política

Bebida em jogos vai aumentar a violência, diz especialista

Psiquiatra da Unesp afirma que bebida deixa pessoas mais vulneráveis a aceitar provovação. Se aprovada, Lei Geral da Copa permitirá álcool nos jogos do evento

Psiquiatra da Unesp afirma que bebida deixa pessoas mais vulneráveis a aceitar provovação. Se aprovada, Lei Geral da Copa permitirá álcool nos jogos do evento. Foto: Fernando Mafra/Flickr
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Nesta terça-feira14, a Lei Geral da Copa deve ser votada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados. Se aprovada, será encaminhada para os plenários da Câmara e Senado, para depois passar pela sanção da presidenta Dilma Rousseff.

A liberação de bebidas alcóolicas em estádios, apenas durante o evento esportivo em 2014, é um dos pontos polêmicos do projeto de lei. Até agora, o álcool é proibido em jogos de futebol. Para Florence Kerr-Corrêa, psiquiatra da Unesp Botucatu, a medida é um retrocesso e contribui para o aumento da violência.

“Até agora, não estava sendo vendia bebida alcoólica e vira e mexe temos problemas nos estádios”, afirmou, em entrevista ao Podcast Unesp. O problema, segundo ela, é que na maior parte das vezes, a bebida está associada a embriaguez, com ingestão de grandes quantidades da droga.

“Impacta mais os jovens e aqueles que tem padrão de beber com embriaguez, que gosta de tomar muito quando está triste ou celebrando mas, principalmente, em celebrações”, afirma a especialista.

Ela define que, para homens, cinco drinques já são suficientes para o estado de embriaguez razoável. Para mulheres, apenas quatro. “O álcool em si não aumenta a violência, mas diminui a crítica”, diz. Assim, a pessoa fica mais propensa a responder a provocações, prática corriqueira entre torcidas.

Em dezembro, um dos textos da Lei Geral modificava o Estatuto do Torcedor, de forma que as bebidas fossem liberadas para todos os jogos, mesmo depois da Copa. O projeto foi modificado e a venda será permitida apenas em 2014.

 

Nesta terça-feira14, a Lei Geral da Copa deve ser votada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados. Se aprovada, será encaminhada para os plenários da Câmara e Senado, para depois passar pela sanção da presidenta Dilma Rousseff.

A liberação de bebidas alcóolicas em estádios, apenas durante o evento esportivo em 2014, é um dos pontos polêmicos do projeto de lei. Até agora, o álcool é proibido em jogos de futebol. Para Florence Kerr-Corrêa, psiquiatra da Unesp Botucatu, a medida é um retrocesso e contribui para o aumento da violência.

“Até agora, não estava sendo vendia bebida alcoólica e vira e mexe temos problemas nos estádios”, afirmou, em entrevista ao Podcast Unesp. O problema, segundo ela, é que na maior parte das vezes, a bebida está associada a embriaguez, com ingestão de grandes quantidades da droga.

“Impacta mais os jovens e aqueles que tem padrão de beber com embriaguez, que gosta de tomar muito quando está triste ou celebrando mas, principalmente, em celebrações”, afirma a especialista.

Ela define que, para homens, cinco drinques já são suficientes para o estado de embriaguez razoável. Para mulheres, apenas quatro. “O álcool em si não aumenta a violência, mas diminui a crítica”, diz. Assim, a pessoa fica mais propensa a responder a provocações, prática corriqueira entre torcidas.

Em dezembro, um dos textos da Lei Geral modificava o Estatuto do Torcedor, de forma que as bebidas fossem liberadas para todos os jogos, mesmo depois da Copa. O projeto foi modificado e a venda será permitida apenas em 2014.

 

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