Política

Ayres Britto se aposenta do STF com homenagem dos colegas

“O tempo passou num piscar de olhos. Mas não tenho queixa disso, o tempo só passa rápido para quem é feliz”, disse o ministro

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, que se aposenta compulsoriamente nesta quarta-feira 14, recebeu homenagens dos ministros e advogados na sessão do julgamento do “mensalão”. Emocionado, ele definiu sua última participação na corte como “uma tarde mágica e definitiva”. “O tempo passou num piscar de olhos. Mas não tenho queixa disso, o tempo só passa rápido para quem é feliz. Para quem não é, se arrasta, é um fardo.”

Ayres Britto completa 70 anos nesta semana, idade limite para a atuação no Judiciário. O ministro está no Supremo desde 2003, tendo assumido a presidência da corte em abril deste ano. Famoso por suas frases poéticas e de efeito, ele lamentou ter ficado pouco tempo no cargo, mas afirmou que sua gestão foi intensa. “Em tudo que faço já não faço questão de ser reconhecido, mas de me reconhecer naquilo que faço.”

Antes de dar continuidade ao julgamento, o ministro despediu-se com mais uma frase de efeito: “É como o voo de um pássaro, há momentos em que ele deixa de bater as asas, mas faz uma trajetória belíssima. O voo se personaliza. O pássaro entregue ao próprio voo percebe que já não é ele. É o voo que imprime a direção, a sua trajetória.”

Antes disso, no início da sessão, o decano Celso de Mello destacou que até a Constutição de 1934, quando se introduziu pela primeira vez o limite de idade para a atuação dos ministros do Judiciário, diversas pessoas haviam contribuído para a corte com mais de 70 anos. “Não fosse essa regra implacável, certamente o País e o Supremo poderiam continuar a se beneficiar da valiosa atuação de Ayres Britto, cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo nos cidadão desta República e nas instituições democráticas deste País.”

Em seguida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, elogiou a condução de Ayres Britto no processo do mensalão. “Em Vossa Excelência, é absolutamente impressionante o ser em todo republicano. Se alguém tiver dúvida do que significa a república e agir republicanamente basta lhe olhar e a sua trajetória.”

O Advogado-Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, também felicitou o magistrado e disse que ele “tem sido muito responsável com os outros e também com seus votos.”

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, foi o último a discursar. “O senhor deixa para todos a importância do ser humano dentro de uma instituição, sobrepôs sempre o humano sobre o jurista.”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, que se aposenta compulsoriamente nesta quarta-feira 14, recebeu homenagens dos ministros e advogados na sessão do julgamento do “mensalão”. Emocionado, ele definiu sua última participação na corte como “uma tarde mágica e definitiva”. “O tempo passou num piscar de olhos. Mas não tenho queixa disso, o tempo só passa rápido para quem é feliz. Para quem não é, se arrasta, é um fardo.”

Ayres Britto completa 70 anos nesta semana, idade limite para a atuação no Judiciário. O ministro está no Supremo desde 2003, tendo assumido a presidência da corte em abril deste ano. Famoso por suas frases poéticas e de efeito, ele lamentou ter ficado pouco tempo no cargo, mas afirmou que sua gestão foi intensa. “Em tudo que faço já não faço questão de ser reconhecido, mas de me reconhecer naquilo que faço.”

Antes de dar continuidade ao julgamento, o ministro despediu-se com mais uma frase de efeito: “É como o voo de um pássaro, há momentos em que ele deixa de bater as asas, mas faz uma trajetória belíssima. O voo se personaliza. O pássaro entregue ao próprio voo percebe que já não é ele. É o voo que imprime a direção, a sua trajetória.”

Antes disso, no início da sessão, o decano Celso de Mello destacou que até a Constutição de 1934, quando se introduziu pela primeira vez o limite de idade para a atuação dos ministros do Judiciário, diversas pessoas haviam contribuído para a corte com mais de 70 anos. “Não fosse essa regra implacável, certamente o País e o Supremo poderiam continuar a se beneficiar da valiosa atuação de Ayres Britto, cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo nos cidadão desta República e nas instituições democráticas deste País.”

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