Política

Último debate tem duelo de ‘mensalões’ entre Serra e Haddad

No último e mais curto debate antes das eleições entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, organizado pela Rede Globo, Fernando Haddad (PT) levou o caso do mensalão mineiro à televisão

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Por Fernando Vives e Piero Locatelli

No derradeiro e mais curto debate antes do 2º turno entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, organizado pela Rede Globo, Fernando Haddad (PT) levou o caso do “mensalão” mineiro à televisão. Serra tentou falar de suas propostas, que apareceram somente na reta final da campanha, e recorreu ao mensalão petista diversas vezes durante o encontro.

Após o sorteio do tema “corrupção”, o tucano perguntou ao petista sobre o julgamento do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal. “Por que isso aconteceu? De que maneira isso ocorreu em Brasília com o PT?”, perguntou. “Talvez você pudesse responder com o PSDB em Minas Gerais”, respondeu Haddad, lembrando o suposto caso de corrupção na campanha malsucedida à reeleição de Eduardo Azeredo em 1998. Haddad disse que após o julgamento do “mensalão” petista, deve começar o do mineiro. O petista falou que nunca militou nas “instâncias partidárias”, ao contrário de Serra. “Não finja que não sabe o que aconteceu em Minas Gerais.”

Serra rebateu referindo-se ao fato do esquema de desvio, conhecido como valerioduto, ter sido posteriormente copiado pelos petistas. “Se havia algo errado lá, pior ainda é quem copiou o procedimento”, disse Serra. O tucano ainda disse que o dinheiro desviado pelo “mensalão” serviria para fazer 400 Amas (Assistências Médicas Ambulatoriais) em São Paulo.

O candidato petista estava mais tenso, e o tucano, cansado. Haddad usou o tema transporte para atacar novamente a gestão Serra/Kassab. E dessa vez usou de ironia ao citar o candidato Levy Fidélix (PRTB), derrotado no primeiro turno.  “O que você tem contra corredores de ônibus?”, perguntou. Ouviu como resposta: “O governo do PSDB implementou o corredor de Diadema. E a prefeitura colocou dinheiro no metrô, é parceira da prefeitura”. Em sua réplica, Haddad disse que “Serra nas últimas 24 horas andou se consultando com o Levy Fidelix e andou fazendo umas mudanças de última hora. Ele apresentou o programa de governo no segundo turno, o meu está pronto desde 13 de agosto.”


No debate, Serra ainda tentou falar, em diversos momentos, que o petista acabaria com as parcerias com as Organizações Sociais na saúde, tema pautado por ele durante a campanha. O petista nega que vá rever os contratos.


Nos seus agradecimentos finais, Haddad focou-se no fato dele ter sido o primeiro a apresentar um programa de governo completo. Serra martelou duas propostas que surgiram na reta final da eleição: fazer o bilhete único valer seis horas e dar bolsas de 200 reais para mães que estão na fila das creches. Na sua última aparição na televisão, o tucano aproveitou seu tempo para falar do julgamento mais uma vez. “Se diz que a população de São Paulo não está ligando para o “mensalão”. Não é verdade. Esses processos indignam a população.”

Por Fernando Vives e Piero Locatelli

No derradeiro e mais curto debate antes do 2º turno entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, organizado pela Rede Globo, Fernando Haddad (PT) levou o caso do “mensalão” mineiro à televisão. Serra tentou falar de suas propostas, que apareceram somente na reta final da campanha, e recorreu ao mensalão petista diversas vezes durante o encontro.

Após o sorteio do tema “corrupção”, o tucano perguntou ao petista sobre o julgamento do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal. “Por que isso aconteceu? De que maneira isso ocorreu em Brasília com o PT?”, perguntou. “Talvez você pudesse responder com o PSDB em Minas Gerais”, respondeu Haddad, lembrando o suposto caso de corrupção na campanha malsucedida à reeleição de Eduardo Azeredo em 1998. Haddad disse que após o julgamento do “mensalão” petista, deve começar o do mineiro. O petista falou que nunca militou nas “instâncias partidárias”, ao contrário de Serra. “Não finja que não sabe o que aconteceu em Minas Gerais.”

Serra rebateu referindo-se ao fato do esquema de desvio, conhecido como valerioduto, ter sido posteriormente copiado pelos petistas. “Se havia algo errado lá, pior ainda é quem copiou o procedimento”, disse Serra. O tucano ainda disse que o dinheiro desviado pelo “mensalão” serviria para fazer 400 Amas (Assistências Médicas Ambulatoriais) em São Paulo.

O candidato petista estava mais tenso, e o tucano, cansado. Haddad usou o tema transporte para atacar novamente a gestão Serra/Kassab. E dessa vez usou de ironia ao citar o candidato Levy Fidélix (PRTB), derrotado no primeiro turno.  “O que você tem contra corredores de ônibus?”, perguntou. Ouviu como resposta: “O governo do PSDB implementou o corredor de Diadema. E a prefeitura colocou dinheiro no metrô, é parceira da prefeitura”. Em sua réplica, Haddad disse que “Serra nas últimas 24 horas andou se consultando com o Levy Fidelix e andou fazendo umas mudanças de última hora. Ele apresentou o programa de governo no segundo turno, o meu está pronto desde 13 de agosto.”


No debate, Serra ainda tentou falar, em diversos momentos, que o petista acabaria com as parcerias com as Organizações Sociais na saúde, tema pautado por ele durante a campanha. O petista nega que vá rever os contratos.


Nos seus agradecimentos finais, Haddad focou-se no fato dele ter sido o primeiro a apresentar um programa de governo completo. Serra martelou duas propostas que surgiram na reta final da eleição: fazer o bilhete único valer seis horas e dar bolsas de 200 reais para mães que estão na fila das creches. Na sua última aparição na televisão, o tucano aproveitou seu tempo para falar do julgamento mais uma vez. “Se diz que a população de São Paulo não está ligando para o “mensalão”. Não é verdade. Esses processos indignam a população.”

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