Política
Soninha lança candidatura: “Serra é minha segunda opção”
Ex-vereadora diz que não se sentia representada no PT e que o seu partido, o PPS, é de esquerda


A ex-vereadora Soninha Francine (PPS) lançou neste sábado 23 sua candidatura à Prefeitura de São Paulo. Reconhecida como aliada de José Serra (PSDB), ela não esconde a sua simpatia pelo tucano, candidato mais bem colocado nas pesquisas.
“O Serra é minha segunda opção para prefeito. A minha primeira opção sou eu”, diz a candidata em entrevista à CartaCapital. “Muita gente que me quer bem, o que não é o caso do PT, fala: ‘não entendo porque você teima em ser candidata. Se você quisesse, podia ser vice do Serra.’ Mas eu quero ser candidata, eu quero ser prefeita.”
Soninha Francine se elegeu vereadora em 2005. Saiu do PT em 2007 e se abrigou no PPS, partido do ex-comunista Roberto Freire. Ela não esconde a sua antipatia pelo antigo partido. “A convivência diária com a bancada era frustrante. Olha para o governo federal e também não via mais coerência naquilo que eles falaram que ia fazer quando chegassem lá. Não me sentia mais representada no PT”, diz a candidata.
Apesar do apoio dado pelo PPS a Geraldo Alckmin no governo estadual, ela diz que seu partido ainda é de esquerda. “O PPS não quer ser só de esquerda mas ser gauche, contramão mesmo.”
“Nem situação, nem oposição”
Subprefeita da Lapa na gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura, ela diz que terá uma candidatura que não será “nem situação, nem oposição”. Soninha diz que Kassab acertou em três áreas. Ela diz que o prefeito melhorou a educação de São Paulo, fez a cidade ser vanguarda em questões ambientais e teve uma boa política cultural, exemplificada em centros culturais espalhados pela cidade.
A candidata, porém, critica o modo como ele lidou com as subprefeituras. Diz que elas foram desvalorizadas e não puderam ser geridas de forma adequada. Ela também diz que o transporte urbano foi “muito devagar” na gestão, sem a construção de mais corredores de ônibus.
Soninha diz ter mais chances
Soninha foi mal sucedida na última eleição para prefeita em 2008, quando conseguiu 4,19% dos votos e ficou em quinto lugar. Ela diz que nesta eleição terá mais chances. “Eu sou mais conhecida agora do que era antes. O PPS é mais reconhecido. Eu terminei a eleição sem chegar em cinco por cento. E eu já estou em um patamar maior do que terminou a última”, diz a candidata que tem até 8% de intenções nas pesquisas eleitorais.
A candidata diz ter pautado assuntos na última eleição que só entraram nas prioridades dos outros candidatos anos depois. “Eu já naquela época destacava mobilidade como um dos temas centrais. Geralmente se fala em segurança, saúde e educação, mas eu já achava que mobilidade era decisivo para tudo isso. Já naquela época eu dizia que a distribuição de moradia e atividade econômica eram essenciais”.
A ex-vereadora Soninha Francine (PPS) lançou neste sábado 23 sua candidatura à Prefeitura de São Paulo. Reconhecida como aliada de José Serra (PSDB), ela não esconde a sua simpatia pelo tucano, candidato mais bem colocado nas pesquisas.
“O Serra é minha segunda opção para prefeito. A minha primeira opção sou eu”, diz a candidata em entrevista à CartaCapital. “Muita gente que me quer bem, o que não é o caso do PT, fala: ‘não entendo porque você teima em ser candidata. Se você quisesse, podia ser vice do Serra.’ Mas eu quero ser candidata, eu quero ser prefeita.”
Soninha Francine se elegeu vereadora em 2005. Saiu do PT em 2007 e se abrigou no PPS, partido do ex-comunista Roberto Freire. Ela não esconde a sua antipatia pelo antigo partido. “A convivência diária com a bancada era frustrante. Olha para o governo federal e também não via mais coerência naquilo que eles falaram que ia fazer quando chegassem lá. Não me sentia mais representada no PT”, diz a candidata.
Apesar do apoio dado pelo PPS a Geraldo Alckmin no governo estadual, ela diz que seu partido ainda é de esquerda. “O PPS não quer ser só de esquerda mas ser gauche, contramão mesmo.”
“Nem situação, nem oposição”
Subprefeita da Lapa na gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura, ela diz que terá uma candidatura que não será “nem situação, nem oposição”. Soninha diz que Kassab acertou em três áreas. Ela diz que o prefeito melhorou a educação de São Paulo, fez a cidade ser vanguarda em questões ambientais e teve uma boa política cultural, exemplificada em centros culturais espalhados pela cidade.
A candidata, porém, critica o modo como ele lidou com as subprefeituras. Diz que elas foram desvalorizadas e não puderam ser geridas de forma adequada. Ela também diz que o transporte urbano foi “muito devagar” na gestão, sem a construção de mais corredores de ônibus.
Soninha diz ter mais chances
Soninha foi mal sucedida na última eleição para prefeita em 2008, quando conseguiu 4,19% dos votos e ficou em quinto lugar. Ela diz que nesta eleição terá mais chances. “Eu sou mais conhecida agora do que era antes. O PPS é mais reconhecido. Eu terminei a eleição sem chegar em cinco por cento. E eu já estou em um patamar maior do que terminou a última”, diz a candidata que tem até 8% de intenções nas pesquisas eleitorais.
A candidata diz ter pautado assuntos na última eleição que só entraram nas prioridades dos outros candidatos anos depois. “Eu já naquela época destacava mobilidade como um dos temas centrais. Geralmente se fala em segurança, saúde e educação, mas eu já achava que mobilidade era decisivo para tudo isso. Já naquela época eu dizia que a distribuição de moradia e atividade econômica eram essenciais”.
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