Sociedade

Apenas oito estados respondem por mais de 75% do PIB do Brasil

Enquanto o Sudeste concentra 55,4% das riquezas produzidas no país, o Norte soma 5,3%

Foto: Jonne Roriz/AE
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O Brasil continua sendo um país permeado pela desigualdade regional, segundo a pesquisa Contas Regionais do Brasil 2010, divulgada nesta sexta-feira 23 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados do órgão mostram que apenas oito estados concentraram 77,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2010. Os Estados do Sudeste produziram 55,4% das riquezas brasileiras.

São Paulo ainda é responsável pela maior participação percentual no PIB, com 33,1%. Esse número é três vezes maior que o segundo colocado, Rio de Janeiro (10,8%). Em seguida aparecem Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4%) e Distrito Federal (4%).

Consideradas as regiões mais pobres do país, o Norte o Nordeste aumentaram sua participação no PIB entre 2002 e 2010. No Norte, a participação subiu de 4,7% para 5,3% (aumento de 0,6 ponto percentual) e, no Nordeste, de 13% para 13,5% (alta de 0,5 ponto percentual).

Mesmo assim, os estados com menor participação se concentram nestas regiões: Rio Grande do Norte (0,9%), Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%), Piauí (0,6%), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e, por fim, Roraima (0,2%).Os nove estados restantes somam 16,9% do PIB, com participações que variam entre 2,6% e 1,2%.

De acordo com o IBGE, o aumento no Norte refletiu a valorização dos preços internacionais do minério de ferro exportado pelo Pará, que puxou o crescimento da economia da região, além do aquecimento da indústria no Amazonas e da agropecuária em Rondônia.

  

Na Região Nordeste, o Maranhão, com o menor PIB per capita do país (6.888,60 reais), consolidou-se como maior produtor de soja do Brasil, influenciando o resultado da região. Também teve impacto no aumento da participação do Nordeste no PIB o avanço do setor de serviços no Ceará, principalmente o comércio.

Segundo o estudo, no Centro-Oeste, houve aumento da contribuição, de 8,8%, em 2002, para 9,3%, em 2010 (elevação de 0,5 ponto percentual). Enquanto isso, no mesmo período, diminuíram a participação no PIB o Sul (de 16,9% para 16,5%, queda de 0,4 ponto percentual) e o Sudeste (56,7% para 55,4%, redução de 1,3 ponto percentual).

A contribuição do Centro-Oeste no PIB está relacionada ao agronegócio e aos altos salários em Brasília. O Distrito Federal contribuiu com renda mais alta por pessoa no país, 58.489,46 reais.

Com informações Agência Brasil.

O Brasil continua sendo um país permeado pela desigualdade regional, segundo a pesquisa Contas Regionais do Brasil 2010, divulgada nesta sexta-feira 23 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados do órgão mostram que apenas oito estados concentraram 77,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2010. Os Estados do Sudeste produziram 55,4% das riquezas brasileiras.

São Paulo ainda é responsável pela maior participação percentual no PIB, com 33,1%. Esse número é três vezes maior que o segundo colocado, Rio de Janeiro (10,8%). Em seguida aparecem Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4%) e Distrito Federal (4%).

Consideradas as regiões mais pobres do país, o Norte o Nordeste aumentaram sua participação no PIB entre 2002 e 2010. No Norte, a participação subiu de 4,7% para 5,3% (aumento de 0,6 ponto percentual) e, no Nordeste, de 13% para 13,5% (alta de 0,5 ponto percentual).

Mesmo assim, os estados com menor participação se concentram nestas regiões: Rio Grande do Norte (0,9%), Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%), Piauí (0,6%), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e, por fim, Roraima (0,2%).Os nove estados restantes somam 16,9% do PIB, com participações que variam entre 2,6% e 1,2%.

De acordo com o IBGE, o aumento no Norte refletiu a valorização dos preços internacionais do minério de ferro exportado pelo Pará, que puxou o crescimento da economia da região, além do aquecimento da indústria no Amazonas e da agropecuária em Rondônia.

  

Na Região Nordeste, o Maranhão, com o menor PIB per capita do país (6.888,60 reais), consolidou-se como maior produtor de soja do Brasil, influenciando o resultado da região. Também teve impacto no aumento da participação do Nordeste no PIB o avanço do setor de serviços no Ceará, principalmente o comércio.

Segundo o estudo, no Centro-Oeste, houve aumento da contribuição, de 8,8%, em 2002, para 9,3%, em 2010 (elevação de 0,5 ponto percentual). Enquanto isso, no mesmo período, diminuíram a participação no PIB o Sul (de 16,9% para 16,5%, queda de 0,4 ponto percentual) e o Sudeste (56,7% para 55,4%, redução de 1,3 ponto percentual).

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