Política

Governo quer encerrar a CPI do Cachoeira em ‘pizza’, diz oposição

Oposição desejava mais 180 dias para investigar os negócios de Cachoeira. Governo quer 48 dias

O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG). Para ele, a prorrogação da comissão por 48 dias é suficiente. Foto: Luis Macedo / Agência Câmara
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A oposição fez, nesta terça-feira 31, duras acusações à base governista da presidenta Dilma Rousseff no Congresso. Segundo parlamentares de oposição, os governistas, comandados por PT e PMDB, querem que a CPI do Cachoeira, criada para investigar os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira, acabe em “pizza”. A acusação se deu depois que, por 17 votos a 9, a bancada governista conseguiu adiar de forma indefinida os 533 requerimentos com pedidos de depoimentos e quebras de sigilos que poderiam ser votados nesta quarta. Além disso, a base governista quer prorrogar por 48 dias as investigações da comissão, enquanto os oposicionistas desejam mais 180 dias de trabalhos.

“Os que votarem a favor do adiamento e manutenção da farsa estarão defendendo o esquema do senhor Cavendish”, disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), se referindo ao ex-diretor da construtora Delta, Fernando Cavendish. Lorenzoni e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) defendiam a aprovação de requerimentos para quebra de sigilos de empresas “laranjas” que teriam recebido recursos da Delta. O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) considera que a CPI está morta. “É só marcar a missa de sétimo dia”, afirmou.

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) acusou o governo de proteger seu aliado Sergio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro. Cabral é amigo de Fernando Cavendish e o Rio de Janeiro é o estado com o maior número de contratos com a empresa. “Por que blindar o governador do Rio? Qual a relação ética? Há uma blindagem, há um esquema”, afirmou Bueno.

O governo sustenta que a prorrogação da CPI por 48 dias, que ainda será votada pelo plenário da Câmara, não implica no fim das investigações. “A morte seria se não pudéssemos encaminhar as informações da comissão aos órgãos permanentes de investigação”, disse o relator da CPI, o deputado Odair Cunha (PT-MG). Segundo ele, todo o material coletado pela CPI irá para o Ministério Público. Ainda segundo Cunha, todas as pessoas que receberam de Cachoeira foram investigadas pela comissão.

A oposição fez, nesta terça-feira 31, duras acusações à base governista da presidenta Dilma Rousseff no Congresso. Segundo parlamentares de oposição, os governistas, comandados por PT e PMDB, querem que a CPI do Cachoeira, criada para investigar os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira, acabe em “pizza”. A acusação se deu depois que, por 17 votos a 9, a bancada governista conseguiu adiar de forma indefinida os 533 requerimentos com pedidos de depoimentos e quebras de sigilos que poderiam ser votados nesta quarta. Além disso, a base governista quer prorrogar por 48 dias as investigações da comissão, enquanto os oposicionistas desejam mais 180 dias de trabalhos.

“Os que votarem a favor do adiamento e manutenção da farsa estarão defendendo o esquema do senhor Cavendish”, disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), se referindo ao ex-diretor da construtora Delta, Fernando Cavendish. Lorenzoni e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) defendiam a aprovação de requerimentos para quebra de sigilos de empresas “laranjas” que teriam recebido recursos da Delta. O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) considera que a CPI está morta. “É só marcar a missa de sétimo dia”, afirmou.

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) acusou o governo de proteger seu aliado Sergio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro. Cabral é amigo de Fernando Cavendish e o Rio de Janeiro é o estado com o maior número de contratos com a empresa. “Por que blindar o governador do Rio? Qual a relação ética? Há uma blindagem, há um esquema”, afirmou Bueno.

O governo sustenta que a prorrogação da CPI por 48 dias, que ainda será votada pelo plenário da Câmara, não implica no fim das investigações. “A morte seria se não pudéssemos encaminhar as informações da comissão aos órgãos permanentes de investigação”, disse o relator da CPI, o deputado Odair Cunha (PT-MG). Segundo ele, todo o material coletado pela CPI irá para o Ministério Público. Ainda segundo Cunha, todas as pessoas que receberam de Cachoeira foram investigadas pela comissão.

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